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Que fazeis, Aldeia?

Este domingo foi dia de encontro da nossa Aldeia de Caná! Uma aldeia que vai crescendo, tanto em número de famílias, tendo neste encontro a graça de acolher uma nova família,  como em número de elementos por família, uma vez que neste encontro também tivemos a alegre notícia de mais uma vida nascente numa das famílias da aldeia. Neste momento temos três mães grávidas na nossa aldeia! Haverá maior sinal da graça e da confiança de Deus nas famílias do que entregar-lhes, através da união do homem e da mulher, a capacidade de gerar uma nova vida, tornando-os, com Ele, co-criadores?

Infelizmente, nem sempre a vida nascente é vista como uma Graça, porque uma graça nunca se rejeita! Infelizmente, nem sempre as famílias têm a confiança em Deus necessária para saber que nenhuma dificuldade consegue ser maior do que uma nova vida, abençoada e protegida por Deus desde o instante da sua conceção. Infelizmente nem sempre há, sequer, uma família para acolher a criança que surge e que configura, necessariamente, o futuro.

Mas é exactamente quando há maior lacuna que há mais espaço para Deus e maior oportunidade de nos colocarmos humildemente nas Suas mãos. Por isso este nosso encontro foi concreta e especialmente dedicado à vida nascente e às vidas que com ela se atrapalham. Aproveitámos a campanha de oração 40 dias pela vida e o acolhimento da missão Mãos Erguidas para nos juntarmos a rezar pela intenção de combater o mal que o aborto é. Esta missão tem uma casinha-oratório mesmo em frente à principal empresa de abortos de Lisboa, no centrinho da cidade. Nesta “clínica” são mortas, diariamente, à volta de quarenta crianças. É um autêntico buraco negro, não daqueles do espaço que tanto fascinam os cientistas e os jornalistas, mas daqueles da terra, aos quais pouca gente dá importância, apesar de estarem tão perto e de ser tão fácil lá cair! * Do outro lado da rua a missão Mãos Erguidas faz resplandecer a luz de Deus através da oração contínua dos missionários e da presença de Jesus na Eucaristia. Entre a fonte da Luz e o buraco negro, no meio da rua, os missionários transmitem esta luz a quem entra e sai da “clínica”, conversando com quem quer ouvir, tentando esclarecer, ajudar e apoiar quem cai na opção da morte por insconciência, solidão, medo, angústia ou desespero. Testemunhou-nos a missionária que nos acolheu que não são só bebés que se salvam (quando não se salvam, e apesar de injustamente privados da vida na terra, estes serão os primeiros a chegar à vida eterna, por isso pedimos ao contemplar o mistério da Ressurreição de Jesus), são também mães cujas vidas ficam profundamente feridas após fazerem um aborto e que só com o adequado apoio conseguem curar-se; são também vidas de familiares ou amigas das mães ajudadas que estas conseguem ajudar com o seu testemunho e intervenção; ou até avós, que em tempos cometeram o mesmo erro e por nunca terem sido ajudadas incitam as próprias filhas a cometê-lo, e ali encontram finalmente a ajuda para se libertarem do que as atormentou toda a vida.

Quanto à nossa humilde oração em aldeia, começámos por ouvir o alerta que o Anjo de Portugal fez aos pastorinhos e que nos é proposto para esta quaresma no ensinamento mensal: “Que fazeis?”. Andamos nós tão bem entretidos no nosso dia-a-dia, entre a casa e o trabalho, entre confortos e pequenas dificuldades, que quase não nos apercebemos de tantas dores e pecados que são cometidos no mundo, e concretamente à nossa volta. Era impossível não concretizarmos este alerta do Anjo no local em que estávamos: no meio da nossa cidade há um sofrimento gigante tanto das pessoas como de Deus pelos filhos que não chegam a nascer e pelas pessoas que se afastam da santidade por causa deste pecado! Haverá maior ofensa a Deus ou maior pecado dos Homens? Por isso passámos o pedido do Anjo a adultos e crianças para, também por estes pecados, oferecermos orações e sacrifícios. Constantemente, todos os dias, em todo o lado, não nos distrairmos.  E começámos logo ali rezando, na companhia de Maria, o terço entre famílias. Cantámos, louvámos e agradecemos, e regressámos a casa cheios de vontade de aproveitar a quaresma para dar este impulso inicial, mas que depois não pode parar!

*(É curioso como ainda há poucos dias foi notícia a descoberta de uma vala comum onde um orfanato católico Irlandês terá enterrado cerca de 800 crianças nos anos 50 do século passado, coisa que só neste sítio acontece a cada 20 dias e ninguém dá importância)

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