A escola, a TV e a meia-hora mais importante

Ontem fiquei indignada ao ponto de me sentir fisicamente incomodada, depois de visualizar os três minutos de desenho animado “As Destemidas”, que a RTP2 transmitiu no horário de programação infantil ZigZag e que anda a circular nas redes sociais católicas como forma de alerta e denúncia. Em três minutos, o aborto, a homossexualidade e o divórcio são tratados, explicita e subliminarmente, como grandes conquistas civilizacionais (não deixo, propositadamente, o link, mas convido os adultos que me leem, e só os adultos, a pesquisar). Ainda me refazia do susto quando, ao abrir o livro de português da Sara para marcar as(…)

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Domingo VI do Tempo Comum, ano A

Reflexão semanal, escrita pela Teresa, sobre as leituras da missa do domingo seguinte, publicada no jornal diocesano Correio do Vouga LIVRES PARA ESCOLHER Hoje a Palavra fala-nos da Lei de Deus e de como é “ditoso o que anda na Lei do Senhor”. A Lei de Deus é-nos oferecida em total liberdade: “Se quiseres, guardarás os mandamentos. Ser-lhe fiel depende da tua vontade.” Seremos todos livres para escolher entre o bem e o mal? Como podem aprender a escolher o bem, aqueles que nascem no meio do mal? Deus assegura-nos que todos podemos fazer esta escolha. Em algum momento da(…)

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O divórcio: norma ou exceção?

Num destes dias, a procurar notícias do mundo no meu telemóvel enquanto esperava por um filho no carro, deparei-me com um artigo confuso. Era um artigo sobre o recente divórcio de duas figuras conhecidas no nosso país, embora eu não faça ideia de quem são. O que me chamou a atenção foi a forma como o divórcio vinha anunciado. O texto abundava em expressões como “este (o divórcio) é um caminho que construímos juntos”, “ficará para sempre a família que formámos”, bem como em imagens de rostos felizes e divertidos. Li uma segunda vez, não fosse eu não estar a(…)

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O Evangelho da Família e a Apostasia coletiva

Durante o Encontro Mundial de Famílias, senti-me muito emocionada com as imagens de famílias felizes, famílias alicerçadas no sacramento do matrimónio e abertas à vida, de acordo com a doutrina católica. No Festival de Famílias, o Papa foi presenteado com cinco testemunhos, presenciais e em vídeo, de cinco famílias dos cinco continentes. Testemunhos de uma simplicidade e uma bondade espantosas. Tão bonito! Nessa mesma tarde, o Papa já tinha dialogado com dezenas de casais católicos, na Catedral de Santa Maria, onde reafirmara a beleza do sacramento do matrimónio e respondera às perguntas de um casal de noivos, um casal recém-casado(…)

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Namoro, matrimónio, divórcio e muita confusão

“Mãe, não imaginas a conversa surreal que tive hoje com uma colega minha”, disse-me a Clarinha, de dezasseis anos, à hora de almoço. Alguns dias na semana, ela vem a casa almoçar comigo. “E esta colega é menina de catequese e missa, como eu! E ainda por cima é uma querida. Gosto muito de conversar com ela, mas…” “Então, conta lá.” “Perguntei-lhe, sabes, por perguntar, se ela se queria um dia casar. Eu gosto de pensar na minha vocação, imaginar qual será, sabes… Ela respondeu: «Casar? Nem pensar! Que disparate! Nunca!» Eu fiquei admirada com a reação e perguntei-lhe porquê.(…)

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Coração

Ontem à noite, quando me ia deitar, deparei-me com estes dois pedaços de papel em cima da minha cama: Aproximei-me e li as “instruções” do papel que estava no meu lado da cama: Junta isto com o dada (papá). Lúcia. Inventei! E no outro lado da cama: Junta isto com a mamã. Lúcia. Inventei! Sorri. A Lúcia, com nove anos, e como é tradição cá em casa, adora fazer origamis. Quis ter a certeza de que nós nos iríamos orgulhar, sabendo que este fora inventado por ela. Cumprindo as instruções, juntei os dois origamis: Chamei então o Niall, e os(…)

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Uma composição sobre as férias e o Dia da Família

Aula de Inglês, pouco depois da Páscoa. “Meninos, hoje queria que escrevessem sobre as férias da Páscoa. Para tornarem a vossa composição interessante, pensem nos cinco sentidos: o que viram, o que escutaram, o que fizeram, o que comeram, etc. Vamos ao trabalho.” Passados alguns minutos de silêncio, comecei a circular pelas carteiras para ajudar onde fosse preciso, corrigindo uma frase aqui, explicando um verbo ali… Uma menina de grandes olhos azuis perguntou-me: “Professora, como é que se diz: Brinquei com os netos da namorada do meu pai?” Quando comecei a trabalhar, há vinte anos atrás, gostava de pedir aos(…)

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Todos os dias da nossa vida

Num dia especial, o Niall escreveu-me um postal que me fez rir à gargalhada. Está cheio de brincadeiras que só nós os dois entendemos, “piadas privadas” construídas ao longo de vinte anos de esforço, de desafio, de problemas, de falhas, de sucessos, de lutas, de desentendimentos, de reconciliações, de lágrimas, de risos, em suma, de amor. Deixo-vos com algumas frases, mesmo correndo o risco de não fazerem qualquer sentido para vós: Let it snow all summer long, let cats piddle in the sock basket, let ants crawl in the fridge, let the petrol run out of the car and all(…)

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Uma só carne

Numa destas noites, quando nos fomos deitar, o Niall e eu tínhamos debaixo dos lençóis este lindo postal: Rimo-nos com gosto. O António tem aprendido a ler e a escrever com grande facilidade, o que nos deixa contentes. Mas a alegria maior foram dois pormenores: o “ti” englobando ao mesmo tempo a mãe e o pai; e a caracterização dos seus pais como dois noivos, no momento do seu casamento,  a mãe de véu e flores e um grande coração no meio dos dois. Para o António, o pai e a mãe são eternos enamorados. No Natal, recebemos este postal(…)

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