O dia esteve muito quente mas mais quentes estavam os nossos corações, pois apesar de obstáculos e contratempos, estivemos juntos de novo! Já somos um núcleo de famílias comprometidas a caminhar na fé e sentimos todas que precisamos mesmo deste domingo por mês! Este encontro foi um pouco diferente dos anteriores: o Serge não pôde estar presente, nem estiveram presentes os outros maridos, mas isso não foi impedimento para fazermos a nossa caminhada. Desde o último encontro, estamos a abordar a Bilha da Vida Sacramental e teremos mais alguns encontros sobre este tema, acompanhados com os ensinamentos do Padre Paco.
O encontro começou com música e com as crianças no tapete. Depois, tivemos um ensinamento do Padre Paco. Ao canto da sala, distribuí folhas brancas e canetas por todas as crianças, enquanto nós adultos, neste caso mães, formámos uma mesa redonda ouvindo o Padre Paco. Senti-me muito feliz e grata pela oportunidade de ele nos estar a acompanhar nesta caminhada. As crianças adoram-no, pois ele é muito brincalhão e bem disposto! Depois do ensinamento, fizemos então uma atividade em família.
Falámos do sacramento da reconciliação, da importância de limparmos o nosso coração e de o mantermos puro no nosso dia-a-dia. Comecei por contar a passagem Bíblica na qual Jesus instituiu este sacramento :
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
«queles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”
João 20:19-23
Falámos do coração de cada um de nós, da preocupação de o manter puro e limpinho. Abordámos o que era o pecado, os gestos que deixam Jesus triste, que no fundo são os gestos que nos afastam de sermos felizes. E reforçamos que só há um “sabão” capaz de limpar o nosso coração do pecado, que é a força viva da presença do Senhor, através do sacramento da reconciliação.
Para que os mais pequenos entendessem na prática fiz a seguinte “magia”, que todos adoraram: peguei em três frascos de vidro idênticos e escrevi em cada um deles uma etiqueta: ” O meu coração”, noutro ” Jesus” e no último ” Pecado”. Enchi o primeiro com um pouco de água; o segundo com lixívia diluída transparente, que à vista parece água; e o último, com água e alguma tintura de betadine (que se usa para desinfectar as feridas), uma solução castanha escura.
O diálogo desenrolou-se mais ou menos desta forma:
“Deus criou-nos com um coração limpinho e transparente, conseguem observá-lo aqui no frasco? O que acontece se não nos portamos bem? Se não ajudamos a mamã lá em casa, ou se magoamos os irmãos?” Nessa altura despejei um pouco do frasco do “Pecado” no frasco” O meu coração”.
“O nosso coração começa a ficar sujo!” responderam.
“Sim, é verdade! Vocês acham que o pecado é mais forte que Jesus, acham que o pecado consegue manchar Jesus?” Nessa altura despejei um pouco de “Pecado” no frasco de “Jesus”.
“Oh! é magia, a água de Jesus fica igual, não fica manchada!”
“Pois, não! O pecado não consegue fazer nada em Jesus. Jesus é mais forte e Ele é o único que consegue limpar o nosso coração. querem ver?” Despejei do frasco de “Jesus” no frasco “O meu coração” até ficar limpinho.
“Oh!…ficou mesmo limpinho”
“É o que acontece no sacramento da reconciliação! Jesus é capaz de apagar o pecado” despejei um pouco do frasco “Jesus” no frasco “Pecado” até ele ficar totalmente transparente e depois despejei todos os líquidos no frasco “Jesus”. O resultado é um frasco com líquido transparente, como no início. Depois, disse:
“Se o nosso coração estiver unido ao coração de Jesus, o pecado não consegue entrar! E estaremos cheios!”
Para trabalharem o perdão, imprimi uma ovelhinha em papel para colocarem no canto de oração. Na cabeça escrevemos o nome de cada um e no corpo colámos algodão para ficar mais branquinha, como deve ser o nosso coração.
Cada um fez o voto de colocar a sua ovelhinha perto de Jesus no canto de oração e sempre que se portassem mal, pegavam na ovelhinha e iam pedir desculpa à pessoa que tinham ofendido e a Jesus, depois voltavam a colocá-la junto de Jesus.
O nosso lanche partilhado…
Por fim, na nossa oração familiar na capela, cada um agradeceu o dia e colocou a sua ovelhinha diante do altar. Aqui estão só algumas…
Juntos rezamos a consagração a nossa Senhora Auxiliadora Mãe de Caná, em pouco tempo já saberemos todos a oração sem a ler! E o Shemá, é claro!
As crianças estavam ansiosas para que o padre Paco lhes mostrasse os animais.
Há sempre novidades! Haviam tantos coelhinhos bebés!
Junto à cruz, a nossa foto!
A Paula lançou o desafio de ainda irmos à praia da Fróia, estava muito calor e as crianças queriam estar mais tempo juntas. Eu estava super cansada…. mas como é importante entre famílias o espaço de convívio e partilha. Na minha cabeça vieram estes pensamentos: “Os núcleos de famílias que querem crescer na fé, na partilha e no testemunho serão a salvação da nossa sociedade. Os seus corações serão as bases transbordantes do Amor de Deus para o resto do mundo! Os encontros de família que hoje parecem tão insignificantes serão o futuro e uma realidade viva. Serão a salvação do casamento, da união da família, da abertura ao dom da vida e da confiança num futuro com esperança…” Sim, vamos! Mesmo cansada todos os momentos são poucos para construir esta realidade! Há tanta coisa para aprender…