A primeira edição do Caminho de Emaús foi um enorme sucesso. Digo-o cheia de alegria, porque sessão a sessão, descobria no ecrã do meu computador, via Zoom, olhos brilhantes e sorrisos abertos, enquanto dedos atarefados viravam as páginas de Bíblias cada vez mais manuseadas. Durante seis meses, recebi muitos e-mails a agradecer este Caminho que íamos fazendo juntos, e a contar os milagres que a Palavra ia fazendo em cada casa. Houve quem, depois de uma sessão, decidisse não se deitar sem ler o Livro de Jó, ou a Carta aos Romanos, de ponta a ponta; houve quem começasse a ler as leituras da missa diária; houve quem comprasse uma Bíblia de Jerusalém pela riqueza das suas notas; houve quem imprimisse os meus apontamentos para os estudar mais a fundo. E sobretudo, houve quem se encontrasse face a face com Deus em oração.
Este Caminho foi percorrido pela quase totalidade das Famílias de Caná, por vários catequistas, por dois sacerdotes e por muitos leigos empenhados nas suas paróquias das mais variadas formas. Ao todo, éramos cerca de trinta a trinta e cinco pessoas/famílias em cada sessão. E com o passar do tempo, fomos construindo comunidade.
Muitos me pediram, no final, para repetir este “curso bíblico” tão especial, para que o cônjuge, os pais, os filhos, os amigos, o possam fazer também. Hesitei primeiro, porque não é sem algum esforço que aqui em casa fazemos este Caminho acontecer, semanalmente, pontualmente, na nossa sala de estar. Mas o Senhor sabe o que fazer para me convencer: bastou ouvir de passagem dois jovens a comentar como não gostavam do Antigo Testamento, por falar de um Deus agressivo, e logo me senti – como o Deus do Antigo Testamento – inflamar de emoção. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que os cristãos descubram o amor infinito de Deus desde as primeiras páginas da Bíblia! Esta formação não está, pois, limitada aos que já têm uma vida de fé profunda e empenhada, mas aberta aos que ainda se sentem “de fora”, aos que duvidam, aos que não gostam de ler a Bíblia – mas gostavam de gostar.
O que é o Caminho de Emaús? É uma oficina bíblica, uma caminhada pela Bíblia durante cerca de seis meses, isto é, durante 20 sessões de uma hora cada, via Zoom. Durante este tempo, percorreremos a Bíblia de ponta a ponta, para descobrir que (teologicamente) não se trata de uma biblioteca, ou de um conjunto de livros, mas sim de um único livro, com princípio, meio e fim, que conta uma única história da primeira à última página. Não foi assim que Jesus apresentou as Escrituras aos dois discípulos de Emaús, durante o primeiro curso bíblico da História, ao longo de horas e horas de caminhada? Toda a Bíblia, disse o Senhor, falava d’Ele mesmo. Jesus é a Palavra. É por isso, por exemplo, que os dois primeiros capítulos da Bíblia rimam com os dois últimos, como talvez já tenham (ou não) reparado!
Assim, e depois de uma sessão introdutória, iremos ler as Escrituras a partir de sete temas, que as atravessam de ponta a ponta, dedicando várias sessões a cada tema:
1 – A Aliança
2 – O Templo
3 – O Cordeiro de Deus
4 – O Pão da Vida e o Vinho da Salvação
5 – O Matrimónio Espiritual
6 – Maria
7 – A Bênção e a Maldição
Por fim, como os discípulos de Emaús, terminaremos descobrindo o Senhor na Eucaristia. Serão mais duas sessões dedicadas à Missa na Bíblia e à Bíblia na Missa.
Que tal? Vamos a isso? As sessões terão início quarta-feira 1 de março às 21 horas, via Zoom. O endereço será partilhado com quem se inscrever. Começaremos e terminaremos sempre a horas. Serão 20 sessões, o que nos leva até inícios de julho. O nosso manual será a Bíblia, que folhearemos continuamente durante as sessões.
Inscrevam-se hoje mesmo, e divulguem esta formação o mais que puderem, pelas vossas paróquias, pelos grupos de catequistas, leitores, cantores, acólitos, pelos vossos párocos, pelos vossos amigos e familiares, pelos que estão longe e pelos que estão perto, na vida como na fé, por todos os que desejem aprofundar a fé no Deus Vivo. Trata-se de uma repetição da primeira oficina de formação, pelo que não se destina aos que já a fizeram. Naturalmente que esta formação só acontecerá se tivermos um grupo pelo menos tão numeroso como o anterior. Temos um mês para conseguir formar a nossa “turma”. Mãos à obra! Pedia apenas que, quem se inscrever, se disponha realmente a percorrer o caminho connosco, comprometendo-se de facto com todas ou quase todas as sessões, para não termos “falsas inscrições” a confundir-nos. Inscrevam-se aqui:
As inscrições já se encontram encerradas!