Atividades de evangelização

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A Festa da Palavra e uma Caça ao Tesouro

Há vários anos que, na nossa paróquia, celebramos a Palavra com uma festa especial, não apenas centrada num grupo de catequese, mas tocando todos os paroquianos. Este ano, sentimo-nos animados nesta nossa proposta pelas palavras do Papa Francisco, na sua Carta Apostólica de conclusão do Jubileu:

É meu vivo desejo que a Palavra de Deus seja cada vez mais celebrada, conhecida e difundida, para que se possa, através dela, compreender melhor o mistério de amor que dimana daquela fonte de misericórdia. Seria conveniente que cada comunidade pudesse, num domingo do ano litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo. Não deve faltar a criatividade para enriquecer o momento com iniciativas que estimulem os crentes a ser instrumentos vivos de transmissão da Palavra. (Misericordia et Misera, nº7)

No fim-de-semana de quatro e cinco de março, na nossa paróquia não faltou nenhum dos ingredientes sugeridos pelo Papa: a criatividade, a difusão, o aprofundamento, o conhecimento da Palavra. Foram dois dias que aqueceram o coração de pequenos e grandes.

Sábado à tarde, a evangelização foi diferente: em vez de trabalharmos nas salas com os diversos grupos, reunimo-nos todos, pais, filhos e evangelizadores, no Santuário, onde organizámos vários grupos. A cada grupo foi atribuída uma cor e a primeira pista, e a Caça ao Tesouro começou. O dia estava soalheiro, permitindo-nos movimentar à vontade por todo o recinto do Santuário e pela quinta dos salesianos. As pistas eram as mesmas para todos os grupos, mas organizadas em sequências diferentes, para que todos pudessem estar a trabalhar sem atrapalhar os outros. Foi bonito ver pais e filhos a procurar na Bíblia a passagem sugerida na pista:

“Então o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba…”

“Pomba! Pomba! É isso! Vamos ao pombal da quinta!”

E as crianças desatavam a correr, descobrindo a próxima pista antes que os pais se apercebessem sequer para onde elas corriam.

“O Reino dos Céus é semelhante a um vendedor que encontrou uma pérola de grande valor…”

“Pérola? Onde estará uma pérola aqui?”

“Eu sei! Eu sei! Há um colar de pérolas pendurado numa palmeira!”

E mais uma corrida animada.

Por fim, era preciso encontrar o tesouro. As pistas enviavam-nos para dentro do Santuário… Onde podia estar o tesouro? Mas é claro! Aos pés da Rainha! Os meninos correram para o Santuário e encontraram, aos pés da imagem de Nossa Senhora em Saída, uma Arca do Tesouro carregada de cartões bíblicos e, claro, rebuçados. Que grande festa!

Terminámos como todos os sábados, louvando o Senhor com cânticos e rezando um mistério do terço. E ficou a promessa: no dia seguinte, domingo, a Festa da Palavra, nosso Tesouro, seria participada por todos!

Não foi participada por todos, mas foi participada pela grande maioria. Que alegria! Domingo amanheceu chuvoso, mas os corações cantavam. No domingo anterior, tínhamos distribuído pelos paroquianos cartões em branco, e tínhamos lançado o desafio: cada pessoa deveria escrever no cartão um versículo bíblico e trazê-lo para a Eucaristia, para o entregar ao irmão que se sentasse a seu lado. Entretanto, os pais deviam trazer uma Bíblia, ou apenas o Novo Testamento, ou talvez uma Bíblia ilustrada, consoante a idade dos filhos. Depois da homilia, seria feita a entrega solene da Palavra aos filhos. Pedimos que, se possível, a Palavra fosse entregue pelo pai, e não pela mãe. Queremos recuperar a tradição bíblica, que tem o seu cume em S. José, do papel do pai na vida da fé dos seus filhos, sempre que possível.

A Eucaristia foi linda! As crianças, em frente do altar, receberam das mãos dos pais ou das mães a Palavra, enquanto cantávamos “Eu e a minha família serviremos o Senhor!” Na assembleia, os restantes paroquianos trocavam entre si cartões bíblicos, tão ao jeito das Famílias de Caná. O Papa Francisco teria gostado muito da nossa celebração!

Trarás no teu coração todas as palavras que hoje te ordeno. Tu as repetirás muitas vezes a teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em casa ou andando pelos caminhos, quando te deitares ou te levantares. Hás de prendê-las  à tua mão para servirem de sinal, e hás de escrevê-las no portão da tua casa. (Deut 6, 6-9)

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