O dia foi de intensa preparação. Começámos, rezando o Terço, porque a noite terá orações suficientes e alguns meninos ainda são pequenos. Mas também porque quisemos começar o dia fazendo companhia a Maria, que certamente naquele primeiro sábado, fez memória da infância de Jesus, bem guardada no seu Coração…
A casa foi aspirada, limpa, arrumada. A roupa foi lavada, estendida, arrumada.
Na cozinha, fizeram-se bolos e prepararam-se sobremesas.
Os meninos pintaram os ovos cozidos, que esta noite, o pai esconderá no jardim, cada um acompanhado de um versículo do Evangelho da missa do dia de amanhã.
Na sala, a Clarinha costurou, refazendo alguns detalhes da cortina da Quaresma, que retirámos na Quinta-feira Santa à noite, para a guardar, e fazendo a bainha e outros detalhes da cortina da Páscoa, que estava alinhavada há uns meses, mas só agora pôde acabar. A Sara foi ajudando como pôde.
Lá fora, também o Daniel fez o que pôde…
O lume está preparado, pronto para ser ateado. Nele acenderemos as nossas velas de batismo, renovaremos as promessas batismais, e ali ao redor, cantaremos, cantaremos, cantaremos, aleluia após aleluia, cheios de profunda alegria.
Jantaremos cedo, porque a noite vai ser longa. No final da Vigília, a ceia terá direito a bolos, porque será Páscoa.
“Pai, porque é que esta noite é diferente de todas as outras?” Assim se iniciava a Ceia Pascal dos judeus, e assim se terá iniciado a de Jesus, durante todo o tempo da sua vida em Nazaré. Em resposta, o pai da família contava a história da libertação do povo do Egito. A noite da libertação era a noite das histórias.
Hoje será, também aqui, a noite das histórias. Leitura após leitura, salmo após salmo, reunidos num Canto de Oração renovado, velas do Batismo acesas, contaremos as histórias da nossa salvação, a começar lá longe, no princípio…
As histórias que nos reúnem à volta do Lume Novo, o Senhor Ressuscitado.
Aleluia!
Cantemos Aleluia, pelos anos e anos que o Senhor Nos deu nesta Sua Terra!
Aleluia!