Aí vem o Esposo! Ide ao seu encontro!
É assim que grita o amigo do noivo na parábola das virgens prudentes e das virgens insensatas. Perceberemos nós realmente o contexto desta história? Que grito é este que soa no meio da noite, acompanhado do toque do shofar, e porquê o cortejo de lâmpadas acesas? Como era, nos tempos bíblicos, a cerimónia do casamento? E porque se serve Deus dela para nos falar?
A Bíblia é a mais bela história de um casamento que possamos imaginar. Só entenderemos profundamente a maravilha das Palavras de Jesus se, por momentos, esquecermos os nossos conceitos ocidentais de casamento e descobrirmos os que estão por detrás da narrativa bíblica. Foi o que procurei fazer no ensinamento do retiro deste mês de novembro. Preparem-se para ficar surpreendidos!
Para ilustrar a santidade a que pode chegar a relação esponsal entre Deus e cada um de nós, apresentei depois o casal de santos Carlos e Zita da Áustria – ele já Beato, ela Serva de Deus. Conhecem?
Todos nós, que andámos na escola pelo menos até ao nono ano, já ouvimos contar o assassinato do arquiduque Francisco Fernando e a sua esposa Sofia, que marca o início oficial da Primeira Guerra Mundial. Mas poucos ouvimos contar como o seu sucessor, o imperador Carlos, se santificou lutando pela paz no emaranhado da guerra e do pós-guerra, até à sua morte na pobreza e no exílio na ilha da Madeira, dando tudo por tudo para que o seu império não se desmoronasse e não se tornasse presa – como veio a acontecer – do nazismo e comunismo.
“É preciso aprender História a partir da vida dos santos”, dizia Peter Maurin a Dorothy Day. E eu continuo sem entender porque razão os professores de História nas escolas católicas não apresentam aos alunos estas figuras gigantes da santidade…
Aqui fica o vídeo do ensinamento do nosso retiro, publicado no nosso canal oficial. Espero que seja útil!