Na nossa paróquia de Mogofores celebrámos, pela primeira vez, a festa de Holywins, a alternativa católica ao Halloween. Um valente sucesso!
No início do ano pastoral lançámos o desafio às famílias da catequese: e se os nossos meninos viessem para a missa vestidos de santos? O ideal seria fazê-lo no dia 1 de novembro, Solenidade de Todos os Santos. Mas sabendo de antemão que, nesse dia, muitos faltarão à missa, ou pelo menos à missa na paróquia, decidimos antecipar para este domingo, substituindo a catequese pela Festa da Santidade.
Nesta manhã de domingo, a animação na nossa casa era muita: precisávamos de vestir duas santas índias norte-americanas – Santa Kateri -, uma Pastorinha Lúcia, um S. Nuno Álvares Pereira quando era ainda cavaleiro do Reino de Portugal, e S. Domingos Sávio, jovem aluno de D. Bosco falecido aos quinze anos. Com a ajuda preciosa da Clarinha, os trajes estavam prontos desde a véspera. O Francisco, porque já não frequenta a catequese, decidiu não ir caracterizado e ficar apenas como fotógrafo. O fato do Niall esperava-o no Santuário: uma linda batina preta, como D. Bosco. O meu foi-me emprestado por uma amiga: uma bata e um estetoscópio… Exatamente: Santa Gianna Beretta-Mola, a mãe médica que morreu para dar a vida ao quarto filho. Digam lá se não ficámos lindos?
Já no Santuário, os nossos paroquianos foram surpreendidos pela visão divertida e simpática de muitos pequenos santos a entrar na igreja. Santos ricos, santos pobres, santos brancos, santos pretos,
uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. (Ap 7, 9)
Depois da homilia, o senhor padre chamou à frente todos os meninos caracterizados e, um a um, pediu-lhes que identificassem o seu santo.
“Sou o Xavier LeBlanc”, disse o pequeno Xavier. A mãe veio em seu auxílio e corrigiu: “É o pequeno David, o David pastor, com a fisga na mão, pronto a vencer o Golias!” Todos nos rimos. O Xavier tem razão, e só queremos que cresça sempre sendo o Santo Xavier LeBlanc. Não somos todos desafiados a ser santos, desde o dia do nosso batismo?
“E tu, Sarita, quem és?”
“Santa Kateri!” A Clarinha acrescentou: “A primeira santa índia norte-americana!”
Digam lá se não estavam lindas, as nossas duas índias norte-americanas?
E este Domingos Sávio a escutar o senhor padre?
Os adolescentes e jovens que assim decidiram, também foram caracterizados, mas não lhes pedimos que o fizessem obrigatoriamente. Sabemos como é difícil, em algumas idades, este tipo de brincadeira. A esses, pedimos simplesmente alguma pesquisa sobre o seu santo padroeiro, onomástico, preferido…
“Eu sou Chiara Luce Badano”, disse a Jovem de Caná Maria João Silva. Estava vestida como sempre, com calças de ganga e T-shirt, pois Chiara Badano nasceu em 1971 e morreu com dezanove anos. Uma santidade juvenil – e uma caracterização – ao alcance dos nossos jovens!
Depois da missa, a nossa catequista Lena e o seu amigo Tomás, um jovem universitário, apresentaram-nos o Servo de Deus Guido Schaffer, um jovem médico e seminarista brasileiro falecido enquanto surfava, em 2009. Tão recente, tão perto de nós, tão igual a nós no exterior, na forma de vestir, falar, viver… e tão santo! Não podemos nós fazer o mesmo?
Finalmente, saímos para o pátio do colégio e enchêmo-lo de jogos de santidade. Cada criança, munida de um “passaporte da santidade”, foi convidada a participar nos seis jogos propostos e a receber um carimbo depois de jogar cada um. Houve jogos de adivinhas sobre santos, jogos de saltar à corda, jogos de cadeiras, e até um jogo “Doçura ou Candura” com direito a M&Ms gratuitos. Variando entre jogos mais infantis e outros mais juvenis, procurámos chegar a todos.
Nenhuma criança queria ir embora sem levar o seu passaporte bem preenchido. Afinal dizia lá que, para ser santo, podes começar por brincar aos santos!
Em “Recursos – Jogos” já estamos a divulgar estes jogos, para que os possam jogar também nas vossas famílias e nas vossas paróquias.
O grande dia da Santidade Vence – Holywins – chegou ao fim. Para casa, as crianças levaram um passaporte preenchido de carimbos divertidos, muita alegria, muitas histórias de santos para contar, e talvez, lá no fundo, um secreto desejo de santidade.
“Vou pensar numa maneira de ser santo”, dizia o David a caminho de casa, conversando com os irmãos. O Evangelho deste domingo deu algumas pistas, não achas, David?
Amarás o Senhor com todo o teu coração… E ao próximo como a ti mesmo. (Mt 22, 34-40)
Faz isto, e serás feliz! Ámen.
Muito bom! É sem dúvida uma ideia a espalhar e implementar por essas paróquias fora!
Hoje, na catequese do 9.º volume, cá em Mafra, aceitámos o desafio do Holy Wins, embora de forma mais modesta: foi solicitado a cada família uma pesquisa sobre um Santo à sua escolha (pedi que me dissessem de antemão qual a decisão, para evitar repetições). Em família, apresentaram o resultado da sua pesquisa – vida e obra, morte e canonização, símbolo distintivo. Foi bom! Vamos repetir para alargar o nosso conhecimento sobre os santos 🙂 Bem haja, Teresa Power!
Olá Isabel! Bem haja por partilhar! É muito bom ler comentários e conseguir juntar-lhes um rosto 🙂 Estivemos juntas no E-vangelizar, no Estoril, certo? Ab e feliz Holywins!
O meu santo preferido foi Dom Bosco!
Parabéns Niall!
O meu também 🙂 Mas olha que o Niall, no final, disse estar muito feliz por não ser padre e usar batina: é que aquilo é mesmo quente!!! Ab
Lucilia Brandão, que beleza sua paroquia, esta de parabéns, instruindo à criançada no caminho do senhor. Parabéns a todos e ao padre. Saudades,
Diva Mendes
Ola Teresa
É bonita a referência ao Xavier. Obrigada.
É um dos meus desejos mais profundos: a sua santidade.
Beijinhos
Que maravilha teresa e nial! Muitos parabéns. um beij grande para todos
Ana afonso
Parabéns por esta excelente,motivadora e muito pedagógica iniciativa como alternativa a´americano e comercial Halloween que nada tem a ver nem com a nossa cultura, nem muito menos com a nossa tradição para esta época do dia de Todos os Santos.
Uma iniciativa a espalhar-se não só pelos colégios salesianos, mas também pelas paróquias e grupos de Catequese.
Excelente ideia de dar o significado exacto à efeméride.
Fico muito feliz por saber o que se faz na Paróquia de Mogofores, onde cresci. Foi na catequese que recebi os ensinamentos que ainda hoje me fortalecem.
Fico ainda mais feliz, por questões de vida e profissão, viver na Paróquia de Agualva-Cacém, que está sempre em movimento. Parabéns às duas Paróquias.
Esqueci-me de dizer que tive o privilégio de casar no Santuário Nossa Senhora Auxiliadora sob a bênção do Senhor Padre Joaquim Taveira, há 38 anos. Obrigada
Só com a inspiração do Espírito Santo as iniciativas de BEM produzem fruto. Graças a Deus. PARABÉNS a quem escuta para agir. Que o exemplo se multiplique.