A criatividade dos sacerdotes, neste tempo de pandemia, levou muitos à transmissão da missa por facebook. O entusiasmo à volta desta iniciativa é enorme. O ecrã do computador, dizem os crentes, tornou-se o nosso altar, o nosso poço de Jacob, a nossa igreja!
Permitam-me algumas reflexões, a mim que também acompanho a missa online. E desculpem por, uma vez mais, lançar alguma confusão por aqui.
Quando o Evangelho nos diz que virá o tempo em que se adorará em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23), não está a dizer que virá o tempo em que se adorará virtualmente e online.
Não precisamos da tecnologia para adorar em espírito e verdade. Mas precisamos da tecnologia para ver, com os nossos olhos materiais, o que já antes podíamos ver com os olhos do espírito. Se adoramos em espírito e verdade, então a tecnologia permite-nos materializar essa adoração. Se não adoramos em espírito e verdade, não nos acrescenta nada, porque não tem poder para nos teletransportar a nenhuma missa do mundo. Só o Espírito faz tal coisa, e o Espírito atua no íntimo do coração, não na internet.
Desde sempre que é doutrina da Igreja a possibilidade de nos unirmos espiritualmente à celebração da Eucaristia em qualquer parte do mundo. Santos e mártires de todos os tempos o fizeram, quando privados da Eucaristia pelas mais variadas razões. “A Igreja supre”, diz o código de direito canónico, aquilo que não temos possibilidade de realizar. É uma atitude interior, mística, orante, do crente que se coloca diante do Senhor e deseja profundamente acompanhar o sacrifício sobre o altar.
É então necessário assistir à missa, pela internet ou pela televisão, quando nela não posso participar? Não. A minha união espiritual ao mistério eucarístico ou aos meus irmãos que, longe de mim, o celebram, não depende da net, mas do Espírito Santo. Contudo, se tenho essa oportunidade, é aconselhável que o faça, dando assim sinal a Deus do meu desejo e da minha sede.
Ajuda? Claro! Ajuda a rezar, a visualizar, a concretizar as imagens mentais que me ligam à Igreja universal e à minha paróquia. Ajudam afetivamente, emocionalmente, intelectualmente, pela homilia que posso escutar, pelas imagens que posso receber, pelas palavras que posso partilhar.
Mas talvez também perturbe. Outro dia, ao aceder à transmissão via facebook de uma Eucaristia, recebi de imediato uma notificação: “Estás a assistir a esta transmissão juntamente com a Ana e o João. Envia-lhes uma mensagem a dizer que estás aqui!” Depois, uma enxurrada de comentários a rolar no ecrã, juntamente com memes e likes, distraíram a minha concentração. Senti-me como aquelas pessoas pouco ocupadas na missa, que reparam em quem entra e em quem sai. Dizia o Francisco, a meu lado, com o seu tom brincalhão: “Agora estás no face durante a missa, hei, mãe? Nunca imaginei!” Depois sugeriu-me escolher a opção “tela inteira”, que de imediato me libertou das notificações. Quando celebramos a missa dominical, não nos passa pela cabeça manter diálogos com os nossos “amigos”, seja no banco da igreja, seja através da internet!
Não escrevo este artigo para desaconselhar este acompanhamento da Eucaristia via net. Pelo contrário, até porque no próximo domingo, a nossa página transmitirá a Eucaristia celebrada pelo senhor padre Zé Fernandes, embora desta vez, já sem cânticos. E ainda porque estou convencida de que, no final de tudo isto, muitos que antes não frequentavam a Eucaristia, passarão a fazê-lo, a partir da experiência de fé que agora vão fazendo com a ajuda da internet (espero vivamente que ninguém prefira a experiência online à experiência real!). Assim, congratulo-me com os sacerdotes que têm esta oportunidade e vontade, tendo sido eu a primeira a apoiar o padre Zé.
O que me leva então a escrever este texto?
Bem…
Em todos os comentários e artigos que leio, tenho assistido a um enorme entusiasmo por esta “comunidade virtual de crentes”. Mas ainda não li nenhum a transbordar de entusiasmo pelas Igrejas Domésticas que agora crescem, se fortalecem e se aprofundam.
Não sei se este estado de emergência é o tempo favorável para crescermos como comunidades online. Talvez para alguns, especialmente os que vivem sozinhos, o seja. Para mim, mãe de filhos pequenos, não o é, e até já saí de alguns grupos de whatsapp para me centrar no essencial.
Mas sei que este estado de emergência é o tempo favorável para crescermos como Igrejas Domésticas, aqui e agora. Não façamos das nossas casas um escape room, de onde procuramos fugir o mais ardilosamente – e virtualmente – possível! Façamos das nossas casas verdadeiros templos de Deus.
Poderá ser bom acompanharmos a missa online. Mas ao desligarmos o computador, não digamos: “Pronto, está feito!” Porque a nossa oração dominical ainda mal começou…
Senhores padres, não nos ofereçam guiões de oração, cheios de palavras complicadas e longos textos, escritos de repente como se, até agora, as famílias não tivessem tido necessidade de orar em conjunto. Desafiem-nos antes a rezar com simplicidade!
Senhores padres, não digam que somos uma grande comunidade online. Digam-nos antes que somos pequenas comunidades reais, que precisam de desligar os computadores e de se ajoelhar no meio da sala de estar, na presença uns dos outros e de Jesus, que está entre nós!
Senhores padres, não nos digam para acompanharmos o Terço orientado por vós. Incentivem-nos a rezar o Terço orientado pelos membros da família, unidos espiritualmente a vós, ao Santo Padre e à Igreja Universal!
Senhores padres, não nos deixem dizer que o nosso altar, por estes dias, é o ecrã do computador. Corrijam-nos, e digam-nos para nos reunirmos em oração, em espírito e verdade, à volta da mesa de jantar, corações ao alto, pensamento na Eucaristia!
Não nos deixem dizer que Jesus Se senta junto ao nosso telemóvel, como outrora junto ao poço de Jacob. Corrijam-nos e digam-nos que Jesus Se senta no sofá da nossa sala e nos diz, “Dá-me de beber!”
E por favor, não nos deixem dizer que participamos virtualmente na Eucaristia, porque na fé cristã, sabei-lo melhor do que eu, esse conceito não existe. Corrijam-nos e digam-nos antes que participamos misticamente na Eucaristia, estejamos ou não “conectados” a um computador, desde que estejamos, isso sim, “conectados” a Jesus e à Igreja Universal.
Senhores padres, precisamos de nos unir intimamente à vossa celebração eucarística. Mas também precisamos que se unam intimamente à nossa celebração familiar!
Neste artigo, que escrevi há alguns dias, partilhei convosco a forma como a minha família reza em conjunto.
Hoje é o dia favorável, hoje é o tempo da Salvação! (2Cor 6, 2)
(Nota: Cor significa Coríntios, não é uma abreviatura para Corona – desculpem a brincadeira, mas aconteceu cá em casa num destes dias 🙂
Igrejas Domésticas, esta é a nossa hora! Vamos lá! Tudo a postos? A oração vai começar!
Bom dia Teresa,
pois eu congratulo-me por todos os que se reaproximem de Deus, seja por meios informáticos ou presenciais. Este é um tempo diferente, não me agrada o isolamento, mas valorizo o esforço feito pela Igreja.
Em torno da eucaristia diária pode a família reunir-se e começar caminho!
Estou a ouvir, em directo o Santo Padre a celebrar missa em Roma… e agradeço ao Senhor o privilégio.
Espero que estejam todos bem, beijinhos
Rita
“Em torno da eucaristia diária a família pode reunir-se e começar caminho!” Não foi o que eu disse? Começar caminho, não acabar aí…
Eu sei que este post não agradará a muitos, mas o que hei de fazer? Deus deu-me uma vocação e, como Jeremias, bem me apetecia fugir dela de vez em quando, mas não me calarei… Bj!
Na verdade ontem pensava justamente o contrário, imaginava o 1o domingo depois deste isolamento… Com milhares de pessoas a correr à igreja em sinal de gratidão! Por aqui, vamos fazendo uma oração simples, como é nosso hábito, também ligamos o Facebook para estar convosco no domingo passado, e foi bom ouvir a vossa voz, o terço ontem às 21h como foi pedido nas redes sociais rezamos às 18, as intenções e orientação têm sido de cada um à vez, hoje é a minha vez, tenho de me aplicar 😉
Percebo o que queres dizer e para quem está só ver a cara do pároco no ecrã dá uma sensação de proximidade, cá em casa – sempre que possível – desligamos dos ecrãs e aproveitamos para fazer coisas que raramente a temos oportunidade de fazer! (A ver se consigo partilhar convosco num texto brevemente) digo agora o que disse por mensagem a uma amiga com um filho pequeno: as famílias vão sair daqui fortalecidas, unidas!
Por aqui está a ser difícil desligar dos ecrãs, que os trabalhos da escola continuam e é preciso ir partilhando computadores, incluindo este em que escrevo… Quem me dera! Quanto à oração, é isso mesmo: fazermos aqui e agora, em cada casa, o melhor possível, unindo-nos espiritualmente uns aos outros, mas não tanto virtualmente, para podermos criar as nossas próprias rotinas, a nossa própria linguagem, as nossas próprias preces! Venha daí essa partilha! Bj
Penso que consigo compreender o que tenta dizer, Teresa. E concordo consigo! Tenho tido dificuldade em acompanhar esta onda do online e, sinceramente, não tenho prestado muita atenção porque não me faz sentido e, como diz, encontro todos conectados menos Deus 😅 excepto para a missa dominical não tenho nenhum ecrã como altar… O altar neste momento é a família alargada com os seus problemas, dúvidas, angústias, com as suas diferenças mas também com a sua capacidade de brincar, de se divertir e de se ajudar mutuamente. Tenho a possibilidade de passar na porta da igreja aberta ou fechada (ou só procurar no horizonte uma torre com um sino) e piscar o olho ao Jesus escondido…e aí pedir uma ajudinha à nossa Alexandrina para me unir aos sacrários mais abandonados. Bem…onde o Senhor não está??! Não se cansa de ser generoso, a cada momento!
Não me sinto, de todo, comunidade online nem vivo no virtual. Não uso guiões feitos para a crise viral para me relacionar com o meu Senhor porque nunca os usei. Alimento-me das graças que Deus me quer dar, da comunhão espiritual e do profundo amor que Jesus me tem através daqueles que colocou ao meu lado. Confio plenamente no ministério sacerdotal.
Jesus senta-se ao meu lado quando jogamos UNO pela noite dentro, quando à noitinha saímos de casa para esticar as pernas no meio do nada e conversamos conversamos conversamos, quando dividimos as tarefas de casa e tornamos o ambiente agradável para todos. Até agora nunca Jesus esteve ao lado do meu telemóvel nem dentro dele ahahah
Bem…não tenho realmente lido muitos comentários sobre este tema do online e tal…ainda bem! Sinto-me muito em paz! Rezemos uns pelos outros na simplicidade e com alegria 😉
Não se cale Teresa… vocação é vocação 😀 fugir não resolve nada…com a chuvada desta noite devem estar por aí umas quantas baleias eheh um abraço!!!
Pensei muito na Alexandrina ao escrever este artigo, Filipa! E decidi deixar para outro post. Assim como Ana Maria Javouhey, claro… Como vês, estamos em sintonia espiritual! Bj
Quero ler esse post!!!! E ir a Balazar 😀😉
A Madre Javouhey foi privada de tanto não é?!… até de receber Jesus! Tanta injustiça mas tanto amor… Como dizia Napoleão “Esta sim é um grande Homem!!”
PPC (Plano Pós Covid): Serra do Buçaco (só lá fui quando era pequenina…e vejo-a da janela!) e depois Balazar!!!!!!! 🙋
Gostei muito do teu artigo. Nunca gostei de ver a Eucaristia na televisão ou neste caso ecrã do computador. Concordo contigo. Beijinhos a ti ao Niall e resto da família (que ainda não conheço)
Eh, André!!!!!! Há tantos anos!!!! Que saudades dos nossos tempos “reais”, bem reais, nos convívios fraternos, nas ruas de Castelo Branco, na praça das Tílias!!!! Bjs à tua família, que também não conheço! E passa por aqui, que é um bom “sítio”, embora imagine que, como enfermeiro, andes mais ocupado que nunca! Ab!
Estou sempre a dizer à Elisabete e aos que temos que passar por vocês um dia, espero que algum dia se realize. Neste estamos um pouco ocupados, não tanto como os nossos colegas dos grandes centros, mas há muita confusão por causa das novas regras. Expresso o mesmo sentimento de saudade…
Pois como não tenho facebook (pessoal, só do movimento), perdi o contacto com os velhos amigos. Quando isto passar, vou insistir convosco para que venham aqui! Os nossos encontros são tão bonitos, tão do estilo de oração que costumávamos fazer juntos, tão simples e alegres! Fica combinado, OK? E no vídeo que hoje publiquei (e que ainda ninguém comentou!!!!!) podes ver a minha família completa, bebé incluído! Bj
Aqui em casa ainda não assistimos a nenhuma missa transmitida através da televisão ou internet. No domingo ponderámos essa possibilidade mas entendemos que faria muito mais sentido fazermos uma celebração em família sem ecrãs. Pudemos fazer cada momento da celebração mas ao nosso ritmo e com a proximidade que o estar em família nos permite. Também aproveitámos para falar mais um pouco e explicar em cada momento o que estávamos a fazer e porquê, uma coisa que quando participamos na missa presencialmente acaba por não ser tão possível. Desta forma aproveitámos uma circunstância em que somos privados de uma parte essencial da nossa missa dominical para podermos enriquecer o domingo de outra forma, não substituta claro, mas também importante.
Honestamente, não vejo muito sentido nesta proliferação de transmissões da missa. Louvo o esforço do sacerdotes que o fazem mas talvez fosse mais útil se se empenhassem em organizar uma forma de distribuir a Eucaristia nas casas das famílias. Nos 7 dias da semana e com as devidas precauções teriam tempo de o fazer! E para que as pessoas possam ter acesso à transmissão da missa basta uma transmissão, não é preciso todos os párocos fazerem o mesmo!
Costumava-se brincar a dizer que a missa não se assiste mas participa-se. E é bem verdade! Também por isso esta coisa de estar a olhar para um ecrã a ver um sacerdote a celebrar como se fosse a telenovela ou um jogo de futebol não me diz muito nem me parece que seja uma boa forma de proporcionar aos nossos filhos a vivência da celebração dominical. E é bem diferente daquilo que já é oferecido regularmente ao domingo que é a transmissão da missa de uma comunidade, à qual quem se encontra sozinho e não pode sair de casa se pode juntar para celebrar através do ecrã.
Obrigada, João! Às vezes pergunto-me se estou a ficar maluca, mas depois recebo o apoio de um comentário assim e volto a acreditar que lá chegarei, mas ainda não foi desta 🙂
Em relação à Comunhão, vou continuar a pedi-la ao meu pároco, como no domingo passado. Em nenhum lugar os senhores bispos nos proibiram de o fazer! As celebrações comunitárias foram proibidas, mas enquanto o Niall sair a comprar pão, irá também passar na igreja e trazer o Pão para todos nós. Um abraço!
Adoro o ” e ainda ninguém comentou”…
Eu comento! Nesta pausa de dois minutos entre acabar de elaborar medicação e controlar o refeitório ao jantar… Já não suporto o gel desinfetante…
Gosto sempre muito do vosso testemunho, principalmente porque me diz que é possível… Em casa o caos instalou-se. De repente querem que seja professora, educadora de infância, catequista, padre, cozinheira, empregada de limpeza e ainda que continue a ser profissional.
Eu digo-vos quem é que vai de quarentena no final disto tudo…
A missa, mesmo na televisão, é uma seca. Consegui que participassem e ajoelhassem na altura da consagração… Yeh!
O terço não passa do primeiro pai nosso… rezo eu.
Começo a ficar cansada das propostas lindíssimas que surgem em catadupa para a catequese em casa e das atividades plásticas para fazer com os mais pequenos…
Chego ao final do dia com sentimentos de culpa pois não fiz nada disso com os meus filhos… Só gritei para que se largassem, para não se magoar em, para pararem de gritar e falarem como deve ser…
Sobram-me as viagens de carro, de e para o trabalho, que me permitem participar da eucaristia e rezar o terço.
Volto ao princípio… É possível e agradeço o vosso testemunho. Rezem pelas famílias que vão mais atrás….
Catarina, o nosso pároco ontem (ao telefone) dizia para tirarmos coisas boas de tudo isto que nos está a acontecer. Deixo-lhe também a si este pensamento. A Catarina está a trabalhar o melhor que pode, a dar o que tem. O caos na sua casa terá momentos bons, por favor esqueça tudo o que os outros (como eu) partilham ou fazem em casa… Não compare o que não tem comparação. Coragem. Aqui uma das intenções de oração são as famílias de Caná, rezamos por si todos os dias!
Estou simplesmente maravilhada com tão belas palavras. Não passo sem a eucaristia dominical mesmo que seja on line, mas como diz a Teresa muito mais tem que ser feito..
Obrigada, já não imagino viver sem a vocês.
Obrigada, Susana! Quando tudo isto acabar – vai acabar!!!! – é vir a um retiro com toda a família! Vai ser tão bom, ó se vai! Bj!
Eu comento o vídeo! Adorei a animação do Daniel e o coelhinho a andar de um lado para o outro! Cá por casa também estamos cansadas com todos os trabalhos escolares… ufa o que vale é que amanhã é sábado… Nas horas de maior confusão, penso sempre, em casa dos Power deve estar mais animado ainda, se eles aguentam, quem sou eu para me queixar. Obrigada pelo vosso testemunho como família e Igreja Doméstica! Beijinhos!
Teresa,
Não podia estar mais de acordo: a diferença (para melhor) entre fazer uma oração familiar ou assistir à missa num ecrã é abismal! Mesmo que o nosso entendimento das escrituras não seja tão informado como o que escutamos numa homilia, uma coisa não impede a outra, ou seja, podemos celebrar em família e escutar ou ler a homilia noutra altura.
Esta é, realmente, uma época sem precedentes! Nunca me lembro de algo assim ter acontecido. A verdade é que, no contexto que estamos a viver, torna-se impossível que a nossa outrora normalidade possa continuar a ser plenamente vivida – sendo assim, temos de nos adaptar. E penso que é isso que os párocos do nosso país e do resto do mundo estão a tentar fazer. É claro que a missa pela internet não é o desejado, mas se nos vemos impossibilitados de ir às igrejas, estar ali fisicamente, comungar o Corpo de Jesus Cristo, penso que as alternativas que surgem acabam por ser vantajosas. Mesmo que haja centenas de missas on-line, é-nos fácil escolher aquilo que queremos ver porque, obviamente, não interessa passar o dia a assistir a todas as transmissões que se vão fazendo, mas aproveitar um pouco daquilo que os padres, com tanto esforço, nos dão oportunidade. Ver uma missa diária ou dominical on-line não impede a oração familiar nem o encontro mais pessoal com Deus…
Claro que a concentração não é a mesma e a nossa disposição pode ser influenciada por muitos aspetos exteriores, mas saber que temos essa oportunidade aquece o coração.
Espero que esta situação passe rapidamente para podermos voltar à normalidade que tanto gostamos, indo à missa em família, ouvindo as leituras e cânticos, ganhando um alento maior para a semana que começará. Mas por enquanto, há que tentar beber daquilo que consideramos que vai saciar melhor a nossa sede!