Em Caná da Galileia...


O nosso retiro de Quaresma

No domingo, em Fátima, estivemos reunidos para o nosso retiro de Quaresma. Estávamos entre Famílias de Caná, mas também entre outros amigos com desejo de caminhar em direção à Páscoa do Senhor. E foi tão bom!

O nosso anfitrião, Frei Miguel Patinha, recebeu-nos de novo com alegria, disponibilidade total e grande entusiasmo, fazendo-nos sentir em casa. Rezámos, brincámos, conversámos, matámos saudades, fizemos amigos. O jogo do mata foi, de novo, o grande vencedor entre os mais novos, que encheram de gargalhadas o pátio do convento dominicano.

Durante a manhã, o Livro do Êxodo acompanhou o grupo das crianças, o grupo dos adolescentes e o grupo dos adultos, para a todos nos ajudar a ler os sinais dos tempos, como Jesus nos interpela nos Evangelhos a fazer, e a responder às perguntas concretas que trazemos no coração: porquê a guerra e o mal? O que posso eu fazer concretamente?

As crianças construíram uma belíssima sarça-ardente, que ornamentou o ambão durante a missa e nos inspirou a, também nós, nos descalçarmos em adoração e nos aproximarmos do Coração de Jesus e do Coração de Maria, essas sarças-ardentes que nos querem abrasar de amor.

Foi também na Eucaristia, e ao som de cânticos de Caná, que as Famílias de Caná presentes renovaram o seu compromisso ao mesmo tempo que a querida família Lopes Silva fez o seu pela primeira vez. Que emoção, ver a família a crescer, e a crescer com tanta confiança e alegria!

No início da tarde, o Livro do Êxodo foi acompanhado pelas Quinta e Sexta Memórias da Irmã Lúcia, que nos ajudaram a contemplar a família como lugar de santidade. E foi com as histórias da Lúcia no coração que partimos à descoberta das casas dos Pastorinhos, agora visitadas com um novo olhar.

Chegou, por fim, a hora da Via Sacra. As multidões que, no domingo, enchiam Fátima, já tinham dispersado, e o Caminho dos Pastorinhos estava pronto para nos receber. É sempre uma sensação impressionante, percorrer o mesmo caminho que os três Pastorinhos percorriam diariamente, e fazê-lo na companhia das nossas crianças, perfeita ilustração das brincadeiras das três santas crianças, e desafio a que as nossas sejam santas também… Desta vez, ao contrário do retiro de Advento, o sol brilhou, quente, e o canto dos passarinhos enchia o ar. Não apetecia ir embora…

E como as bodas de Caná da hora do almoço, mantendo a tradição do Movimento e segundo a Palavra do Evangelho, se caracterizaram, uma vez mais, pela multiplicação e abundância, com o que sobrou ainda conseguimos o suficiente para o jantar, ali mesmo, junto aos carros, antes de partirmos em viagem. Deus é bom!

O sol pôs-se, as luzes de Fátima acenderam-se. Antes de deixarmos Fátima, alguns de nós fizemos ainda uma breve visita ao Santuário, que estava envolvido em silêncio e na luz misteriosa da “hora azul” do entardecer. Nossa Senhora está mesmo aqui…

Que Ela nos ajude a viver bem os dias santíssimos que se aproximam! Ámen!

 

One Comment

  1. Foi muito, muito bom! Um bálsamo para a alma! Uma benção para a família! Obrigada!

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