Domingo de Páscoa. Jesus ressuscitou! Aleluia! Aleluia!
De manhã cedinho, os meninos correram o jardim à procura dos ovos cozidos e pintados na véspera. E que festa, quando encontravam algum!
Houve, claro, quem já não acordasse a tempo de encontrar nenhum:
Depois, munidos de enxadas, escavaram a horta à procura do Aleluia.
E que fundo ele estava este ano… A Sara, triunfante, encontrou-o. Graças a Deus!
A avó tinha pedido ao pai que comprasse, em seu nome, um ovo gigante de chocolate para cada menino. “Obrigado, vovó!”
Depois de um pequeno-almoço cheio de chocolate e doces, fizemos a celebração da Palavra, com muitos cânticos e muita alegria. Já cantam aí em casa o Ressuscitou, que compus há um ano? Está em destaque aqui na barra lateral.
O almoço foi de festa, apesar de, este ano, a mesa de Páscoa estar reduzida à família Power.
Para compensar, o encontro da família alargada da parte da mãe fez-se por Zoom, e bem divertido foi. Nem sequer faltou a foto da praxe!
Ao fim da tarde, rezámos o Terço da Divina Misericórdia e adorámos Jesus, no silêncio do nosso coração.
E ao serão, de novo celebrámos a Palavra, agora não já com a descoberta da Madalena, ao romper do dia, mas com o encontro dos discípulos na estrada de Emaús, ao cair da noite. “Reconheceram-n’O ao partir do pão”, diz-nos o Evangelho. Se a Última Ceia aconteceu na Quinta-feira Santa, no Domingo de Páscoa teve lugar a Primeira Ceia depois da ressurreição. A Eucaristia está no centro do mistério pascal.
E é por isso que, apesar de ser Páscoa, continua a ressoar nos nossos corações o salmo da Vigília Pascal, o salmo que, sábado à noite, enquanto a Clarinha cantava, nos fez a todos dar quase um salto no sofá: cumpre-se hoje também esta profecia nas nossas vidas!
Ora rezem connosco:
Como suspira o veado pelas torrentes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor!
Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo:
Quando irei contemplar a Face de Deus?
A minha alma estremece ao recordar
Quando passava em cortejo para o Templo do Senhor
Entre as vozes de louvor e de alegria
Da multidão em festa… (Sl 41-42)
Que belo salmo, nascido no exílio babilónico!
Que também nós façamos chegar ao Senhor a nossa súplica pela torrente das Águas, essas Águas que jorram em abundância em cada Páscoa, preparando especialmente o próximo domingo, Festa da Divina Misericórdia.
Que a cada dia que passa, aumente a nossa “sede de Deus, do Deus Vivo”! Que nenhuma miragem neste deserto nos faça esquecer ou mitigar esta sede imensa!
Transformemos esta sede em oração intensa, agradecendo e pedindo pelos sacerdotes, sem os quais não teríamos o maior dos dons, a Eucaristia. Muitos estão “como pastores sem ovelhas”, pela primeira vez na História. Certamente sentem-se tão perdidos e atordoados como nós, “ovelhas sem pastores”. Apesar de todas as iniciativas corajosas e criativas que têm tido para nos acompanharem de longe.
Fica o desafio: vamos, juntos, oferecer a Oitava da Páscoa em oração e sacrifício (o possível numa solenidade) pelos sacerdotes? Eu sei que Páscoa não rima com sacrifício, mas esta nossa Páscoa, pelo seu caráter extraordinário, tem rimado diariamente… Ofereçamos o sacrifício de cada dia, este isolamento que vivemos, esta dor de não podermos celebrar a fé como Jesus pediu na Quinta-feira Santa. Porque não é senão pela oração e pelo sacrifício que retomaremos “os cortejos para o Templo do Senhor, entre vozes de louvor e de alegria da multidão em festa…”
Deixem nos vossos comentários a vossa adesão a esta iniciativa. Comentários que, hoje em especial, não sejam de discussão (sei que muitos leitores pensam diferentemente de nós e não sentem que a falta da missa comunitária seja assim tão dolorosa), mas apenas de oração.
Oração e sacrifício pelos sacerdotes, agradecendo e intercedendo por eles, todos os dias da Oitava desta Páscoa diferente. Vamos a isso?
Aleluia! Cristo vive! Que boa proposta oferecer a Oitava da Páscoa pelos sacerdotes!! Vamos a isso 🙏 Beijinhos e obrigada pelas suas reflexões e pelo seu exemplo de fé e oração 💒☀️
Vamos a isso sim!
Por aqui temos tido sempre presente durante a quarentena a oração pelo nosso pároco de quem temos muitas, muitas saudades, sem o qual não teríamos Eucaristia! Contem connosco!
Bora lá! Nós temos sentido muito a falta da eucarística, da nossa Igreja Paroquial e de visitar a Nossa Senhora da Visitação, a quem é dedicada a Igreja de Alvorninha (Caldas da Rainha). Falamos com o nosso pároco com frequência e já passou algumas vezes pela nossa casa e pelas ruas da nossa paróquia, para nos dar a bênção dentro do seu carro e para acenar aos seus paroquianos. Estes gestos são muito bons, mas não saciam a nossa sede da Eucaristia e da presença do nosso Padre. Vamos dar o nosso melhor nesta oitava. Desafio aceite.
Feliz Páscoa! Aleluia! Vi a vigília pascal do Vaticano e infelizmente não teve esse salmo, que é o meu preferido. Quanto à penitência, a Páscoa é uma solenidade de 8 dias e não é permitido fazer penitência nas solenidades…
Tanta coisa que não é permitido acontecer e acontece agora, Inês! Obrigada pelo comentário. Sempre atenta às minhas falhas doutrinais 🙂
Pois não precisa de fazer penitência. Outros farão! Irei atualizar o post para trocar a palavra por sacrifício e para que seja adequado a uma solenidade (um chocolate a menos, depois da sobremesa?), não vá alguém exagerar 🙂 Ab
Não é permitido fazer penitência nas solenidades, mas o que tem sido a vida desde a Vigília Pascal e sem vista de terminar tão cedo? Não me é permitido ir à igreja, não é permitido adorar o Senhor, muito menos receber a sagrada comunhão… Se isto não é penitência, o que é então? E sim, vou oferecer este e outros sacrifícios, todos os dias enquanto estiver confinada em casa com tele trabalho, comida, escolas, roupas… Farei a festa quando voltar ao trabalho fora de casa, quando puder ir à igreja, até lá jejuo do mais importante e tento não desanimar porque tenho esta família para cuidar.
Tudo o que passamos agora é uma grande penitência:
Não podemos ir à igreja
Não podemos cuidar e visitar pai e mãe
Não podemos dar e receber carinho de contacto
Não podemos enterrar os nosso mortos como Deus nos manda
Não podemos acompanhar as crianças e adultos mais frágeis
Rezar e oferecer penitência pelos sacerdotes nem sacrifício chega a ser.
Que assim seja.
Bjs e bem hajas
Obrigada, Carla! De facto, quando pensei em penitência, ou sacrifício, pensei precisamente naquilo que vivemos nestes dias, e que tão pouco rima com solenidade. Não precisamos de ir buscar mais nenhuma penitência exterior, que já todos temos o suficiente. Basta oferecer o que nos é dado viver… Bj!
Temos tanto para oferecer no dia a dia que nem é preciso muita imaginação para fazer um pouco de penitência… Saibamos oferecer este tempo com tudo o que ele nos trouxe. Sacrifício não falta!
Obrigada Teresa!
Então rezemos pelos nossos sacerdotes, para que mesmo à distância consigam guiar as suas ovelhas!
Assim o faremos! 🙂
Muito obrigada Teresa!
Beijinhos!
Vamos a isso! Ofereço tudo o que está no meu coração ao Senhor!!!
Saúde e Abraço para todos.