Arca dos disfarces de carnaval, gaveta de trapos velhos, máquina de costura nas mãos da Clarinha, e muitas histórias de santos. Foram assim os últimos serões cá por casa! É que a Festa da Santidade, ou Holywins, na nossa paróquia aconteceu ontem, domingo dia 28, pois no dia 1 são poucas as crianças que vão à missa.
Felizmente, a manhã de domingo trouxe-nos uma hora a mais – os relógios atrasaram para o horário de inverno – o que nos deu tempo para os últimos arranjos, para passar a ferro alguns trapos e para as necessárias maquilhagens.
Por fim, tudo ficou pronto, e lá fomos nós para a Eucaristia. Na nossa casa, este ano tivemos:
Um casal bíblico do Evangelho, Santa Isabel e São Zacarias. O pobre Zacarias ficou mudo quando soube que ia ter um filho na sua velhice, e por isso tinha de andar para todo o lado (pelo menos o Niall andou…) com uma tábua a dizer: “O seu nome será João”! E Isabel, concebendo um filho na sua velhice, devia ter mais ou menos a minha idade, não? Naquele tempo, 46 anos era certamente terceira idade 🙂
Nossa Senhora da Visitação, levando a Isabel a sua alegre companhia e as suas forças jovens. Quem melhor que a Clarinha para representar tal papel? De facto, cá em casa é isso mesmo que tem acontecido, e o Daniel salta de alegria dentro de mim quando ouve “Mãe, senta-te, eu aspiro a cozinha, estendo a roupa e dou banho à Sara!”
Beato Pier Giorgio Frassati, esse jovem italiano, filho de gente de pouca fé, mas rica e influente, estudante de engenharia de minas, alpinista nos tempos livres, de comunhão diária e que deu a vida no serviço dos pobres da sua terra. Ao Francisco, só faltou o cachimbo para completar o quadro.
O pastorinho David, munido da sua fisga e preparado para lutar contra todos os Golias. O nosso David tem muito orgulho no seu santo padroeiro!
Santa Maria Goretti, a menina pobre e camponesa que, aos onze anos, preferiu ser morta a ser violada. Mártir da pureza, mas antes disso, santa no mais completo sentido da palavra, na sua vida simples de cada dia. A nossa Lúcia, com o seu chapéu de palha e o seu xaile de lã, encarnou belissimamente a personagem.
São João Diogo, índio mexicano da tribo dos Aztecas, que se convertera ao catolicismo por influência dos franciscanos, no século XVI. Um dia, na montanha, já viúvo, recebeu a visita de Nossa Senhora, a quem tratava por “minha Menina”, e que o tratava a ele por “meu pequenino filho”. Foi a grande visitação da Virgem do Guadalupe, que num milagre impressionante, deixou estampada a sua imagem, até hoje, no pobre manto que o índio trazia vestido. Ao nosso António, nem sequer faltou um verdadeiro chapéu mexicano!
Por fim, a beata Mafalda, Rainha de Portugal. Tenho vergonha de dizer que só no ano passado ouvi falar desta nossa santa portuguesa, muito embora os meus filhos tivessem aprendido História de Portugal em colégios católicos… Mafalda era filha de D. Sancho I e, depois de ser rainha, terminou os seus dias no Convento de Arouca. A Sara gostou muito de representar uma rainha portuguesa santa, e esmerou-se para ficar tão bonita quanto ela!
Aqui estamos, pois, todos nós. Que tal?
Inspirem-se, deixem-se contagiar por este espírito de celebração e enviem-nos as vossas fotos, para publicarmos aqui no site, com uma breve descrição do vosso santo. Vamos dedicar esta semana inteira à Festa da Santidade! Ámen.
Estão todos muito bem!! 😁😍
Por cá também se andam às voltas com as fatiotas para o dia 1 fazerem mascarados o Pão por Deus na vizinhança, se Deus quiser, como uma amiga dizia: “com um batalhão!”. Depois partilhamos!
Um beijinho!
Estão lindos!
Belíssima ideia.
Beijinhos