No Acampamento de Caná não passamos o tempo a rezar e a brincar. Também trabalhamos! Ou não fossem as nossas Oficinas um belíssimo momento de trabalho de equipa!
Este ano, foram duas as Oficinas: uma orientada pela Isabel Marantes, a outra pela Clarinha. As oito famílias repartiram-se entre uma e outra, e depois trocaram. Enquanto trabalhávamos, íamos conversando, rindo, partilhando, ajudando-nos uns aos outros. Quando os mais novos se cansavam – porque alguns eram mesmo muito novos… – brincavam por ali, indo e vindo sem pressão. No final, criámos belas obras de arte!
A Família Marantes ensinou-nos a fazer terços com contas coloridas. A ideia era criar o chamado “terço missionário”, em que cada dezena é de cor diferente, correspondendo a um continente diferente: branco para a Europa, verde para África, amarelo para a Ásia, vermelho para as Américas e azul para a Oceânia. Com as contas coloridas entre os dedos, lembramo-nos assim de rezar por todo o mundo, continente a continente.
A Leonor, do alto dos seus dez anos, foi a nossa mestra. E que mestra! Com uma determinação invulgar, a Leonor passou muito do seu tempo livre no Acampamento a consertar terços partidos e a completar outros. Obrigada, Leonor!
Entretanto, na mesa ao lado, a Clarinha ajudava cada família a construir uma Arca do Tesouro. A arca era de madeira simples, e havia que a enfeitar bem enfeitada, usando fitas, purpurinas, conchas apanhadas na praia alguns dias antes, pedrinhas brilhantes, e uma infinidade de outras pequenas coisas.
Cada família pôs a imaginação a trabalhar, conversou em conjunto, cruzou ideias… E as Arcas foram nascendo, no meio de grande azáfama.
Ora reparem no olhar maroto do Inácio, segundos antes de entornar um frasco inteiro de cola…
Com as Arcas preparadas, havia que preparar o Tesouro. Quem lê o site regularmente já sabe do que se trata, não é verdade? De Bíblias na mão, cada família foi escrevendo as suas citações preferidas em bonitos cartões, e enchendo assim a sua Arca.
Ainda não sabe escrever? Não há qualquer problema:
Horas depois, estes mesmos cartões bíblicos andaram de mão em mão, no nosso querido jogo “De Cor(da) e salteado”. E no final do Acampamento, cada família pôde levar para casa uma mão cheia deles, tirados ao acaso da Arca comum, como Palavra que servimos uns aos outros.
Também o Terço, no Canto de Caná, foi rezado com as novas contas.
Não sei porquê, mas desde esta magnífica Oficina, e porque nos coube recolher as sobras dos materiais, a minha casa tem estado tão limpa, tão limpa, que até brilha! Isto é, brilham os tapetes, brilham os sofás, brilha a cabecinha do Daniel, também ela, vá-se lá entender, salpicada de purpurinas, que nem o banho consegue arrancar… Tanto brilho!!!
Agora, cá em casa, todos rezamos com os terços novos na mão. Todos, menos o Daniel. Esse tem um terço especial, que a Isabel Marantes lhe decidiu oferecer depois de ler aquele meu post em que o bebé aparecia a “roer um terço”, como comentou a Catarina Tomás, lembram-se? Pois bem, para que o bebé não volte a fazer algo tão perigoso, o melhor mesmo é oferecer-lhe… um terço de roer, ou pelo menos, uma dezena:
Boas oficinas aí em casa, nestes dias vagarosos de agosto!
As oficinas foram bastante divertidas! Obrigada à Isabel, à Leonor Marantes e à Clarinha pela dedicação e materiais disponíveis. Os terços feitos por nós e que foram abençoados no acampamento fazem agora parte dos nossos terços do canto de oração e a arca do tesouro ficou mesmo bonita e com espaço para muitos mais papelinhos com a Palavra de Deus! E esta partilha e comunhão entre as famílias nas oficinas foi um verdadeiro tesouro!