Começaremos com a missa paroquial às 10h, e a partir daí, teremos tempo para muita coisa, entre ensinamento, brincadeira, reflexão, partilha, Terço, Adoração Eucarística, Confissões, terminando, como sempre, pelas cinco da tarde. Tragam um piquenique e a vossa alegria!
Para o ensinamento, trago-vos novamente uma história. Mas desta vez, é uma história diferente… Não vos vou falar de um casal exemplar, como fiz quando vos apresentei os pais de Santa Teresinha ou Carlos e Zita da Áustria. Vou apresentar-vos uma Venerável que não conhecem (quase de certeza), que viveu no século XIX e é padroeira, entre outros, das esposas e mães que vivem a sua vocação no meio das maiores dificuldades.
E é a elas, às mulheres traídas, às famílias destruídas, às famílias envolvidas nos mais complexos problemas, que eu quero deixar a mensagem de alegria, esperança e amor desta grande mulher. Por isso, se é o vosso caso, senti-vos particularmente desafiados a vir!
Hesitei, é verdade, em vo-la apresentar, embora já a conheça há dois ou três anos. Tive receio das vossas reações perante uma história tão mirabolante (uma quase atualização da história de Job), e fui adiando… Mas quando uma ideia me persegue durante uns tempos, e reaparece em oração, aceito-a como vinda do Espírito. Depois, espero uma confirmação de Deus. Aqui há uns tempos, a Sónia pedia-me: “Teresa, apresenta-nos uma santa que tenha tido dificuldades no seu matrimónio!” E eu entendi que era chegada a hora.
Mas não é apenas sobre a vida matrimonial que esta Venerável nos pode inspirar. A mim, que não tenho dificuldades sérias nesse campo da vida, ela inspira-me todos os dias. A sua história e a sua personalidade são tão ricas, a sua fé e a sua alegria tão transbordantes, que ninguém lhe fica indiferente. Tenho a certeza de que todos nós encontraremos nela alguma lição para esta Quaresma.
Entretanto, e para vos aguçar o apetite, deixo-vos a frase-chave da sua vida:
Um coração dilacerado é o berço do amor.
Não é de Coração dilacerado que tratamos na Quaresma?