Atividades de evangelização

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O caminho da cruz

Esta actividade consiste numa proposta cujo resultado final é uma cruz familiar que represente a entrega da família à missão a que é chamada na analogia da identificação com a entrega de Jesus na cruz. A  base da reflexão é a de que a cruz é o elemento essencial para a entrega porque é a cruz que serve de suporte ao Corpo que se entrega. Propõe-se, então, uma reflexão através de um “caminho da cruz” feito em quatro passos.

Material para cada cruz:

  • 1 ripa de madeira com +/- 50cm de comprimento e +/- 30x30mm de lado.
  • 1 pedaço de corda de cânhamo 8mm (ou parecida) com +/- 60cm.
  • 1 pedaço de fio de linho com +/- 50cm.
  • 3 ou 4 pregos pequenos.

Material para o “caminho”:

  • 5 cartolinas
  • 1 fita métrica
  • 1 régua
  • 2 serrrotes
  • 1 ou 2 formões
  • 2 martelos
  • 1 tesoura
  • cola de madeira
  • 2 canetas para escrever em madeira

A atividade deve ser realizada num espaço onde seja possível fazer um pequeno percurso/caminho, fazendo lembrar uma Via Sacra, mas neste caso separado em 4 estações.

Início do caminho:

  • Cartolina com o nome da atividade “O CAMINHO DA CRUZ”

1º estação:

  • Cartolina: “A MATÉRIA-PRIMA – Quais são as 2 matérias-primas na vida da nossa família que melhor servirão para suportar nossa missão/entrega familiar (características, virtudes, talentos, ocasiões, etc.)?”
  • Material: Ripa de madeira, mesa, serrote, fita-métrica, lápis.
  • Atividade: A família deve pensar em conjunto nas suas características e circunstâncias e escolher quais são, no momento presente, as duas através das quais poderão formar uma base de suporte para a sua entrega familiar, para o colocarem-se ao serviço. Depois de escolherem estas matérias-primas, e para representar cada uma delas, cortam dois pedaços de ripa de madeira, um com +/- 30cm e outro com +/- 20cm.

2ª estação:

  • Cartolina: “O ENTALHE – Que entalhe/ajuste é preciso fazer nessas duas peças para que se possam tornar conjunto, criar sinergia, favorecer a missão?”
  • Material: mesa, serrote, formões, martelo, régua, lápis de carvão, cola de madeira
  • Atividade: A família deve pensar em conjunto nos ajustes que é necessário fazer às duas “matérias-primas” que escolheram para que estas possam formar um instrumento conjunto de suporte. É preciso fazer alguns cortes, tirar o que está a mais e e conjugar da forma mais harmoniosa. Depois desta pequena reflexão a família deve fazer os entalhes nas duas ripas de madeira para que encaixem formando uma cruz. Para isso escolhem o local em que as ripas se devem cruzar e fazem dois riscos com o lápis, em cada ripa separados pela largura da ripa. Em seguida fazem dois cortes no local dos riscos, na horizontal e com a profundidade de metade da largura da ripa. Com a ajuda do formão e do martelo retiram o pedaço de madeira que fica entre os dois cortes, ficando um entalhe em cada ripa. Colocam um pouco de cola no fundo do entalhe e encaixam as duas ripas.

3ª estação:

  • Cartolina: “FORMAR O CORPO – Vamos fazer o nosso corpo familiar. O nosso corpo familiar tem como objectivo assemelhar-se a Cristo. Não conseguimos reproduzir Cristo, mas desejamos profundamente imitá-lo, assemelharmo-nos a Ele o mais possível. Que voltas temos que dar ao nosso corpo familiar para que ele se assemelhe a Cristo?”
  • Material: corda, fio de linho, tesoura.
  • Atividade: A família deve refletir sobre o que é preciso fazer para que, em conjunto, forme um só corpo, e de que forma este corpo familiar pode melhor assemelhar-se a Jesus na sua Paixão. Após a reflexão, sem instruções, porque cada família é única, e sem utilizar a cruz, a família deve formar uma representação do seu corpo familiar à imitação do corpo de Jesus na cruz com a corda de cânhamo e recorrendo ao fio de linho para segurar as formas desejadas.

4ª estação:

  • Cartolina: “CONSUMAÇÃO – Não basta ter tudo o que é necessário, é preciso consumar a entrega, ir até ao fim nesta entrega que Deus quer que seja total. Quantas vezes e de que forma somos tentados a afastar de nós este cálice?”
  • Material: pregos, martelo, canetas
  • Atividade: Neste último gesto que a família sinta, realmente, o peso do gesto da crucificação do seu corpo familiar, o peso do Amor necessário para essa entrega. Sinta com seriedade e espanto alegre o peso do imenso Amor de Deus por nós e tenha um pesado desejo de imitar esse imenso Amor. A família identifica com a caneta, em cada pedaço de ripa, a “matéria-prima” que representa, e com a ajuda dos pregos consuma a entrega do corpo formado na cruz construída.

A Cruz, a de Cristo, é, ao mesmo tempo, peso do (nosso) pecado e suporte do Amor. Aquela cruz foi o suporte, a estrutura sobre a qual se elevou o corpo de Cristo, a estrutura sobre a qual se elevou o Amor infinito de Deus por cada um de nós, por cada família. Cristo pregado na Cruz é este gesto máximo de entrega. Não há, em cada família, configuração maior com Cristo do que repetir livremente este gesto, de pregar o nosso corpo familiar à Cruz.

Podemos moldar-nos à imagem de Cristo, tal como moldamos numa corda o nosso corpo familiar até se parecer com uma Cruz, podemos ser repetidores do Evangelho, mas enquanto não dissermos “faça-se a Tua vontade e não a minha”, enquanto não nos deixarmos pregar livre e amorosamente na Cruz não podemos realmente imitar, assemelhar-nos a Jesus, ser sinal desse mesmo Amor. Por isso, a dificuldade deste workshop – serrar, martelar, cortar não são tarefas fáceis, sobretudo para as crianças – é propositada e não precisa de ser facilitada pelo animador.

Que no seu caminho de santidade a nossa família seja, cada vez mais, parte do corpo místico de Jesus, desta entrega máxima de quem dá “até doer”, que aceita cada prego que une a nossa família a Jesus.

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