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Covid-19 e a Igreja – artigo
Batismo, privado ou em comunidade?
Testemunho da família Miranda Santos A chegada da nossa família à atual paroquia coincidiu com a altura do nascimento do António, o nosso 2º filho. Por isso a primeira vez que fomos falar com o pároco foi para combinar o seu Batismo. O nosso pároco foi muito acolhedor e tratou logo de tudo o que era necessário para agilizar o Batismo, mas no momento de falar da hora da cerimónia percebemos que estava a pensar realizá-lo no final da Eucaristia paroquial. Imediatamente questionámos se o Batismo não poderia ser durante a Eucaristia, e ele assim o consentiu. De facto, o(…)
O Tomás, o Joaquim e a Comunidade
O Tomás nasceu na quarta-feira. O Joaquim nasceu no sábado seguinte. Quando é que eles se irão encontrar pela primeira vez? Na Eucaristia paroquial do domingo seguinte várias pessoas vêm ao encontro da restante família do Joaquim ao notar a ausência da mãe. Pois claro que se estão todos menos a mãe é porque a mãe está na maternidade, o que quer dizer que o Joaquim já nasceu! E todos se alegram com a novidade partilhando da alegria da família. Na quinta-feira seguinte é dia da Assunção de Nossa Senhora. Que melhor oportunidade para o Tomás e o Joaquim participarem(…)
Domingo de Pentecostes
Reflexão semanal, escrita pela Teresa, sobre as leituras da missa do domingo seguinte, publicada no jornal diocesano Correio do Vouga À ESPERA DO FOGO Pentecostes. Estamos há cinquenta dias à espera deste Fogo, que desce sobre nós como desceu sobre os Apóstolos e Maria reunidos. Sem Ele, não há Igreja, não há santidade, não há Vida. E porque Maria é a imagem mais perfeita da Igreja que acolhe o Espírito e se deixa encher de graça, amanhã invocá-la-emos como Mãe da Igreja. “Na tarde daquele dia, o primeiro…” O Evangelho de João transporta-nos, como o Génesis, para o início. Na(…)
Pedras Vivas
No muro exterior de uma igreja que visitei recentemente, estava um letreiro gravado com a seguinte inscrição: “À memória feliz do nosso antigo pároco, o padre…, com profunda gratidão pela obra maravilhosa que nos deixou: a restauração da casa paroquial e o monumento a Nossa Senhora.” Há algum tempo, em conversa com um amigo, recordei algumas das Madres Superioras do antigo colégio dos meus filhos, e referi uma que me marcou especialmente, ao que ele respondeu: “Sim, essa irmã era simpática, mas não deixou obra. A que a seguiu, essa sim, deixou obra feita.” Referia-se, como depois me explicou, à(…)
A missa, nossa Casa
Quando marcamos férias, um dos cuidados que temos é a proximidade de uma igreja para podermos ir à missa pelo menos aos domingos. Na Irlanda, graças a Deus, não é preciso esse cuidado, porque igrejas não faltam! Durante as nossas férias nunca ficámos sem missa, nem no dia 15 de agosto. Domingo que vem, se Deus quiser, já iremos à missa em Portugal. Ir à missa é, para os católicos, chegar a casa. Porque a missa é sempre a mesma, seja em Portugal, seja na Irlanda, seja no fim do mundo. Mudamos de país, mas mantemos a liturgia, mantemos as(…)
A Igreja em jardim
Aqui na Irlanda, todas as igrejas têm por jardim o cemitério paroquial. Para entrarmos na igreja, precisamos de percorrer alguns caminhos ladeados de túmulos e de flores – não em jarras, mas plantadas em vasos ou na terra, as raízes acariciando o chão que acolhe os corpos dos que vão partindo. Assim, cada vila ou cidade tem tantos cemitérios quantas igrejas. E as vistas são incrivelmente belas: Sinto falta destes jardins em Portugal. Os nossos cemitérios têm muita pedra e não são tratados como jardins onde se sinta prazer em passear. E geralmente, hoje, estão suficientemente afastados das igrejas para(…)
O maior inimigo da Igreja
Na semana passada, as leituras da missa diária trouxeram-nos algumas belas conversas em redor do nosso Canto de Oração Familiar. Uma delas foi a propósito da célebre mãe de João e Tiago, os filhos de Zebedeu: Aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido. “Que queres?” Perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.” (Mt 20, 20-21) O mais engraçado desta história é que ela acontece precisamente depois(…)