Domingo I da Quaresma, ano A

Reflexão semanal, escrita pela Teresa, sobre as leituras da missa do domingo seguinte, publicadas no jornal diocesano Correio do Vouga CUIDADO COM A SERPENTE! Quaresma. Temos quarenta dias para preparar a maior festa do ano! Vivamo-los intensamente, cultivando com carinho o jardim que Deus plantou na nossa casa e no nosso ser. “O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, insuflou nas suas narinas um sopro de vida, e o homem tornou-se um ser vivo.” Somos pó e sopro, somos terra e céu, somos humanos e divinos. Somos mistério, que a teologia, a biologia e a psicologia vão(…)

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As tendas e a noite

No Acampamento de Caná, os nossos filhos descobriram que acampar é uma maravilha. Por coincidência – ou, como preferem alguns, por Deusciência – os textos bíblicos propostos ao longo do mês de agosto na Primeira Leitura da missa diária falavam de tendas e acampamentos. É muito bom viver ao ritmo da liturgia, e se acampar é a proposta da liturgia, então vamos a isso 🙂 (Leram o ensinamento mensal de agosto?) “Podemos voltar a acampar, mãe? Vá lá!” Pediam, dia após dia. Mas as férias este ano foram na Irlanda, para visitar a família, e o pai já não tem(…)

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A Igreja em jardim

Aqui na Irlanda, todas as igrejas têm por jardim o cemitério paroquial. Para entrarmos na igreja, precisamos de percorrer alguns caminhos ladeados de túmulos e de flores – não em jarras, mas plantadas em vasos ou na terra, as raízes acariciando o chão que acolhe os corpos dos que vão partindo. Assim, cada vila ou cidade tem tantos cemitérios quantas igrejas. E as vistas são incrivelmente belas: Sinto falta destes jardins em Portugal. Os nossos cemitérios têm muita pedra e não são tratados como jardins onde se sinta prazer em passear. E geralmente, hoje, estão suficientemente afastados das igrejas para(…)

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Desce depressa!

O António adora subir à nossa oliveira, bem no centro do jardim. Lá em cima, gosta de contemplar a natureza à sua volta, ou então, do alto dos seus sete aninhos, gosta de ler um livro. Depois, tranquilamente, volta a descer e a brincar no solo firme. Se por acaso subiu alto demais – o que acontece com frequência – chama pelo Francisco ou pelo pai, que diligentemente se apressam a resgatar o pequeno alpinista. Outro dia, num belo fim de tarde de verão, o António repetiu o gesto e subiu à oliveira, com um bom livro para ler. Passados(…)

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