O manto de Fátima

Já me tinha esquecido de como Fátima é tão, tão azul. E tão branca. O azul e o branco, as cores de Maria, refulgem em Fátima como em nenhum outro lugar. “Paia!” Gritou o Daniel, quando estacionámos o carro. Não, desta vez não é a praia, Daniel. Desta vez é melhor. Desta vez é Fátima! Depois destes tempos tão duros espiritualmente, peregrinar a Fátima refresca a alma como poucas outras coisas. Ainda que o sol queime, ainda que o creme solar não seja suficiente para evitar cores mais vivas nas caras e nos braços expostos de todos: nota-se bem que(…)

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As bicicletas, o ensinamento mensal e o Céu

É isso a vida: uma peregrinação a caminho do Céu, uma viagem entre a margem da vida e a margem da eternidade. E para nos lembrarmos disso, na nossa paróquia todos os anos recomeçamos com uma peregrinação a uma aldeiazinha minúscula, chamada Beco, a cerca de trinta quilómetros de Mogofores. Desde 1598 que o povo de Mogofores aí vai, no primeiro sábado de setembro, para pedir as bênçãos a Nossa Senhora da Paz, venerada neste lugar. Gosto de pensar que a devoção do povo de Mogofores agradou ao Senhor, que terá respondido não apenas com as graças e os milagres(…)

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Encontros no Canto de Caná

O Canto de Caná tem sido uma verdadeira bênção nas nossas vidas, na nossa paróquia, na vida de muitas Famílias de Caná. Ao domingo, depois da missa, por lá passamos, várias Famílias de Caná, para rezarmos juntos a Consagração e, talvez, o Terço. E nas longas tardes de domingo, tem sido frequente encontrarmo-nos no Canto de Caná com uma ou outra Família de Caná de outra paróquia, de outra diocese, que por cá passa para visitar a Mãe na sua casa e Lhe prestar homenagem. Juntos, rezamos, cantamos, partilhamos a vida e a Palavra, meditamos o Terço. Até os nossos(…)

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Peregrinação Nacional Jubilar das Crianças a Fátima

10 de junho de 2017. E o Santuário de Fátima encheu-se de cor, de luz, de balões, de crianças. Pela primeira vez, a nossa paróquia juntou-se a esta grande peregrinação nacional, graças sobretudo ao empenho e ao entusiasmo da querida família Silva Teles, Família de Caná sempre pronta a arregaçar as mangas para levar todos a Jesus. Como é bom encontrar as Famílias de Caná a dar tudo, e a dar até doer, num dos serviços mais exigentes – porque com menos retorno – da vida de uma paróquia, como é a catequese! Não é fácil ir a Fátima com(…)

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Religiosidade popular e Fátima

Há uns dias, ouvi gargalhadas estridentes lá fora, no jardim. Depois percebi que se misturavam com o som repetitivo da Ave-Maria, e decidi ir espreitar. Encontrei a Lúcia, de oito anos, a percorrer, de joelhos – bem protegidos com as joelheiras da ginástica da Clarinha – o caminho branco que rodeia a nossa casa. De pé a seu lado, com o terço na mão, o António, de sete anos, orientava a oração dos dois. Pelo meio, muita animação. “Que estão a fazer?” Perguntei. “Estamos a brincar a Fátima”, responderam-me. “Imitamos as pessoas de Fátima, que descem de joelhos até à(…)

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Amados, escolhidos, enviados

Em Balasar, houve um momento que me emocionou, e as lágrimas brilharam-me nos olhos. Estávamos em casa de Alexandrina, onde uma simpática rapariga, ali voluntária, nos explicava bocadinhos da história desta grande santa. “É verdade que Alexandrina não tinha pai?” Perguntei a dada altura. “Não. Alexandrina tinha pai. Todos sabiam quem ele era. O pai de Alexandrina e de sua irmã Deolinda prometeu várias vezes casamento à mãe das suas filhas, mas nunca cumpriu. Ainda Alexandrina, a mais nova, não tinha nascido, quando ele casou com outra mulher. Nesse dia, a mãe de Alexandrina vestiu-se de luto, e durante o(…)

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Balasar

Conheço a história da Beata Alexandrina desde a minha juventude, porque sempre gostei de ler sobre santos e místicos. Mas nunca tinha visitado Balasar. Até sábado… A história de Balasar começa um século antes de Alexandrina, com um milagre visível até aos dias de hoje: na manhã do Corpo de Deus de 1832, apareceu no chão em frente da igreja uma cruz de terra. Por mais que se tentasse varrer ou destruir a cruz, ela resistia. Em breve o povo deu início a ininterruptas peregrinações ao local, que se tornou fonte de graças. Anos mais tarde, construiu-se à sua volta(…)

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Tempo de Família – “três em um”!

Sábado foi um dia fantástico, Tempo de Família da melhor qualidade! A Clarinha tinha a sua primeira competição de ginástica artística – depois de muita insistência do treinador, e depois de verificar com os seus próprios olhos que a competição em artística, ao contrário da sua terrível experiência em rítmica, era divertida e não envolvia gritos, a Clarinha decidiu experimentar. A competição seria na Maia, Porto, às quatro horas, e pensámos dar-lhe uma enorme alegria: irmos todos assistir, para sermos uma claque numerosa! Até às quatro horas da tarde, o dia ainda é longo. Se o planearmos com muito cuidado,(…)

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Peregrinar em aldeia

O Ano Santo da Misericórdia chegou ao final, mas antes disso a Aldeia de Caná de Nossa Senhora da Conceição quis, em conjunto, atravessar a porta da Misericórdia. Por isso o nosso último encontro foi feito em simbólica peregrinação à Porta Santa mais próxima. Seria um grande desperdício termos ao nosso alcance, a dois passos de casa, esta oportunidade abismal de deixarmos Deus renovar a nossa vida e não a aproveitarmos. A caminhada foi de apenas algumas centenas de metros, porque as crianças e grávidas assim o exigiam, mas foi o suficiente para cairmos na conta de que, embora Deus nos queira(…)

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O dom da Porta Santa

Falta menos de um mês para acabar o Ano Santo da Misericórdia. Quantas graças derramadas sobre a Terra e sobre cada um de nós neste ano, meu Deus! Ao longo de um breve ano, a Igreja deu muitos passos no caminho da Misericórdia, que é a essência de Deus. Abriram-se portas, estenderam-se mãos, rasgaram-se corações. Em Cracóvia, os jovens experimentaram o milagre da Misericórdia, enquanto um pouco por todo o lado, as famílias procuraram caminhos de reconciliação. Refletiu-se, meditou-se, rezou-se a Misericórdia. Redescobriu-se o dom do sacramento da reconciliação. Abriram-se as portas de muitas igrejas, até então sempre fechadas. O(…)

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