Testemunhos


O bilhete

Testemunho da Olívia Batista:

Durante a homilia deste domingo, o nosso pároco usou uma imagem muito interessante acerca desta nossa viagem neste mundo; depois de ter falado um pouco sobre a riqueza e a pobreza e de dizer que “existem pessoas tão pobres, tão pobres que só têm dinheiro, não têm mais nada”, fez-nos reflectir sobre a nossa vida e sobre a forma como a vivemos e sobre o que andamos aqui a amealhar…

 

Disse-nos também que desde o início da nossa conceção Deus oferece-nos um “bilhete”, ainda em branco, sem destino, sem hora de partida. A hora, essa não nos cabe a nós preencher:

 

Não sabeis o dia nem a hora. Mt. 25, 13

 

Onde queremos então chegar no final da nossa vida? Queremos viver com os olhos postos neste mundo, ou na vida eterna? Queremos viver para os “senhores” deste mundo ou para Deus?

Se de facto queremos viver para Deus, a única coisa que “carimba” o nosso bilhete e “paga” a nossa passagem é o bem que fazemos aos outros, é o que damos aos outros por amor, é amar a Deus fazendo reflexo disso nas nossas acções do dia a dia, em cada uma das vezes que colocámos Deus em primeiro, o outro em segundo e o nosso “eu” em último!

Sim, aquelas coisas que fizemos, embora pequenas aos nossos olhos, aquelas que mais nos doeram, aquele tempo que dedicámos aos outros, aquela palavra, aquele abraço…

 

Se o meu dia e a minha hora chegarem, quantas pessoas podem hoje carimbar o meu bilhete?

 

2 Comments

  1. Marta Antunes

    Olívia, com essa imagem clara é realmente muito fácil perceber por onde estamos a ir. O que, para mim, se torna muitas vezes difícil é perceber, no final do dia, o que fiz bem e o que tenho de corrigir. Muitas vezes se confundem os gestos bons com atitudes que por alguma razão tomamos para conforto do nosso “eu”. Mas penso que podemos fazer alguns exercícios mentais para melhorarmos esse discernimento nas pequenas orações que fazemos durante o dia, pedindo ao Espírito Santo que nos ilumine e nos mostre a Verdade do Senhor, a única verdade, sem sombras de dúvidas para nós. E, em alguns casos esse exercício pode ser em família, em papel, em modo de aprendizagem diária, semanal ou mesmo mensal, conforme os recursos de cada um. Obrigada Olívia pela partilha da tua reflexão. 😘

  2. Paula Cristina Fernandes de Almeida

    Realmente faz pensar…. quantas pessoas haveria para carimbar o meu bilhete? ??
    Nunca tinha pensado assim, mas usando essa imagem faz-me meditar nesse assunto.
    Obrigada pela partilha Olivia

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