O Pentecostes, neste ano de 2017, trouxe um sopro novo, forte, decisivo. Para dezasseis famílias, foi dia do primeiro compromisso de Famílias de Caná, compromisso já vivido e aceite há algum tempo, e que agora foi feito publica e solenemente. Para todos os que quiseram fazer festa connosco, para a nossa paróquia, para a comunidade salesiana, foi o grande dia da inauguração do Canto de Caná e da belíssima imagem da Mãe de Caná.
O dia começou cedo, no pátio do colégio salesiano. Ainda não foi desta vez que conseguimos chegar primeiro! Mesmo estando às nove da manhã no pátio, a família Batista, como sempre, precedeu-nos, vinda lá dos lados de Almeirim. Um dia havemos de conseguir! 🙂
De casa, trouxemos todas as bolas, todos os pares de patins e todas as trotinetes que possuíamos, para que não faltasse com que brincar. Achámos que a criançada iria gostar da ideia. E não nos enganámos!
Não demorou muito para que todas as famílias chegassem, vindas dos mais variados pontos do país. Ali mesmo, em grande roda, começámos a cantar, a louvar o Senhor, a interceder pelos irmãos, a rezar.
E foi quando terminávamos esta nossa oração espontânea que vimos aparecer, para nossa alegre surpresa, o padre Assunção, o padre na cidade da minha infância, que tem acompanhado o blogue e este site deste o início e não quis faltar a tão grande festa. Logo depois chegava o nosso bispo, pronto para um dia inteiro entre Famílias de Caná.
Enquanto o senhor bispo nos fazia um belíssimo ensinamento, cujo conteúdo retomarei noutro artigo, as crianças e os jovens brincavam no pátio, em jogos que o Niall organizava e muitas brincadeiras livres. Algumas, pequeninas, preferiam o colo da Clarinha e dos outros jovens, outras teimavam em andar de bicicleta, mesmo que os pés não chegassem aos pedais. Houve quem, com dois anos apenas, se equilibrasse de barriga numa prancha de skate (não foi, Pedro?), e quem não parasse de jogar futebol. Houve histórias da Bíblia e muitas gargalhadas. Como sempre, nos encontros de Famílias de Caná!
Depois desta alegria e do ensinamento do nosso bispo, foi hora de adoração de Jesus Sacramentado. As crianças começaram connosco, cantando e rezando, e depois deixaram os pais a sós com Jesus e continuaram a brincar no pátio do colégio. Por essa altura, já todos eram grandes amigos.
Chegou a hora do piquenique. Pela primeira vez, todos entraram na quinta e ficaram deslumbrados à vista do nosso Canto de Caná. Quanta beleza, quanta simplicidade! O piquenique, como sempre, fez lembrar os milagres de multiplicação de Jesus e os banquetes do Reino. As Bodas de Caná não devem ter sido muito diferentes! E que bom é termos um bispo que merenda connosco à sombra de uma árvore!
O dia não seria típico se não houvesse um susto com uma criança. Desta vez, foi o nosso António, de sete anos, que momentos antes da oração do terço, desapareceu. Depois de o procurarmos por toda a quinta e todo o colégio, demo-nos conta de que, com ele, desaparecera também a nossa Lúcia e a Maria Batista, ambas de oito anos. O padre Assunção foi encontrá-los aos três no único lugar que não consideráramos: dentro do Santuário, na capelinha onde antes tínhamos feito a adoração. Estavam a rezar, depois de ter acendido as velas e escolhido as leituras do missal… “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devia estar na Casa do Pai?” (Lc 2, 49) De facto, como não pensámos nisso?!
Já com as crianças reunidas na quinta, fizemos ali mesmo, sobre a erva prazenteira, a oração do Terço, e logo de seguida, dirigimo-nos para o Santuário, onde aconteceu a apresentação do livro Em Tua Casa. Foi um momento muito especial.
Mas mais especial ainda foi a bênção do Canto de Caná e da imagem da Mãe. Que grande festa! A pedido do senhor bispo, as crianças foram as primeiras a entrar no Canto de Caná, depois de cortada a fita da inauguração. Ao som do hino, todos as seguimos, e todos partilhámos a alegria com que Deus tocava os nossos corações e nos abençoava.
A nossa Eucaristia começou assim no Canto de Caná, e continuou em procissão de volta ao Santuário. Depois da homilia, foi finalmente altura para as dezasseis Famílias de Caná fazerem o seu compromisso. Graças ao Senhor!
A festa terminou muito mais tarde, de novo no pátio do colégio, onde se continuava a brincar, de novo na quinta, onde se continuava a merendar, agora com direito a bolos de aniversário. É que havia três aniversariantes neste grande dia!
Sim, foi o meu aniversário. Feliz coincidência! O dia em que Deus me concedeu nascer viria a ser, quarenta e cinco anos depois, o dia em que as primeiras Famílias de Caná afirmaram solenemente:
Eu e a minha família serviremos o Senhor! (Jos 24, 15)
Que assim seja, sempre, sempre! Ámen!
Obrigada por nos receberem. Foi lindo. Obrigada
Foi maravilhoso! Obrigada pelo esforço e trabalho de todos os que proporcionaram um dia tão especial. O canto de oração está tão bonito e acolhedor!!
Foi sem dúvida um dia inesquecível! Mais do que bela e a simples, a quinta do Canto de Caná é um lugar onde nos sentimos em casa e em paz!
Espero que os leitores deste site encontrem um bocadinho para peregrinar a este local, porque não se vão arrepender!
Acho que vou usar o photoshop (como se soubesse usá-lo!) e acrescentar a minha família à fotografia de grupo! 😉
Agora a sério, fico feliz por ter corrido tudo tão bem – aliás, não esperava outra coisa!
Parabéns. O sonho se concretizou. Que a Virgem de Caná abençoe todas as famílias que se uniram para louvar, adorar e agradecer o “bom Deus “.
Um dia maravilhoso. No dia seguinte só me apetecia voltar para o canto de Caná e continuar a festa. Venha para breve o grande acampamento das Familias se Caná! (Oops! – cometi uma inconfidência?) watch this space 🙂
Na vida com o Senhor nada acontece por acaso… por isso, na vigília de Pentecostes, no ponto médio da vida da mulher que Ele convidou a segui-Lo, lá estavamos nós, a contar aos irmãos que somos Filhos de Deus e que seguimos a nossa vocação de família e, juntos, e, com Ele, lá vamos…
Comprometemo-nos a lembrarmo-nos, no nosso dia-a-dia, que somos batizados… Que Deus seja louvado!!! E como é imenso o desafio de se ser fiel enquanto Filhos de Deus… e com Ele sempre em casa…
Ser família de Caná é nunca esquecer que connosco, à mesa, nas limpezas, onde quer que seja, o Pai está lá… e irmos falando-Lhe ao longo do dia.
Sim, falo no plural, eu, os meus filhos, irmos ao longo do dia, incluindo Deus, a Sua palavra no momento vivido.
Obrigada Senhor por nos dares o privilégio de Ser tão presente!!!
Obrigada Niall e Teresa por aceitarem os Seus desígnios e darem voz e beleza a esta forma de se ser Seu filho!
Obrigada Sr. Padre José Fernandes por ter sido o arauto deste Carisma…
E que a Nossa Mãe continue a cobrir-nos com o Seu manto!!!!
Foi um dia lindo e cheio de emoções.
Que Nossa Senhora abençoe todas as famílias.
Um grande obrigada a Teresa e ao Niall.
O cónego Assunção! Se ele vem aqui ao site, quero dizer-lhe que foi uma Pessoa que marcou profundamente a minha vida cristã! Sim, também foi o padre da minha juventude, juntamente com o padre Armando dos Convívios Fraternos. Que saudades daquelas missas na igreja de Santiago, em que o padre Assunção fazia umas homílias fantásticas para os jovens, na altura demasiado “modernas” para muita gente, mas que captavam os jovens inquietos e sedentos do sopro fresco do Espírito Santo.
O padre Assunção vem aqui quase todos os dias 🙂 E continua a acompanhar-nos como sempre fez, discretamente, por mail, por uma presença-surpresa de vez em quando… Graças a Deus por sacerdotes assim! Bj